Para não afundar, barco de passageiros para em ilha deserta entre PA e AP

Navio Seamar IV apresentou problemas e teve que parar em uma ilha para aguardar ajuda
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Por JONHWENE SILVA, de Santana

Na manhã desta sexta-feira (25), passageiros do navio Seamar IV usaram as redes sociais para relatar momentos de tensão vividos a bordo. A embarcação partiu pela manhã de Santarém, no Pará, com destino a Santana, no Amapá, mas foi obrigada a interromper a viagem após um problema estrutural, quando um buraco no casco permitiu a entrada de água.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o navio encostado na localidade de Chicaia, nas proximidades de Almeirim, onde foi necessário parar. As imagens mostram água entrando pela popa, onde uma grande quantidade de mercadorias estava armazenada. Entre os passageiros, a cantora gospel santanense Shirley Amaral relatou os momentos de agonia.

“Isso aconteceu perto do meio-dia, quando eu fui almoçar e percebi que na parte de trás do navio estava entrando muita água. Foi quando vi que o navio estava afundando, e os passageiros começaram a se preparar, colocando coletes para descer. Por sorte, não estávamos na baía, pois não daria tempo de chegar à margem. Corri e me preparei para sair”, contou Shirley.

Fotos mostra a popa quase afundando. Fotos: Shirley Amaral

Outros passageiros relataram momentos de desespero quando a embarcação começou a apresentar problemas. Algumas embarcações que passavam nas proximidades pararam para oferecer ajuda, e todos os passageiros desembarcaram e aguardaram na terra firme.

“Algumas lanchas pararam quando viram o barco afundando. Não sei o nome do rio, mas o navio encostou, e os passageiros desceram e esperaram na ilha. Uma lancha da Marinha ofereceu auxílio e transferiu alguns passageiros para uma balsa de apoio”, relatou um internauta.

O Seamar IV estava previsto para chegar a Santana na manhã deste sábado (26). Segundo Shirley Amaral, a embarcação permaneceu na ilha e parte dos passageiros foi transferida para o ferry boat San Marino, com destino a Almeirim.

“Agora, de Almeirim, não sabemos quando vamos chegar a Santana. Foi uma agonia porque ninguém espera por uma situação dessas. Fiquei com muito medo”, finalizou a passageira.

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