Por JONHWENE SILVA, de Santana
Quem mora ou trafegava pelo Trevão, localizado no Loteamento Parque das Oliveiras, ficou assustado ao se deparar com um redemoinho de poeira que causou prejuízos na área, localizada no município de Santana, a 17 km de Macapá.
O espaço por onde passou o vento em espiral é onde carreteiros estacionam seus veículos para pernoitar, fazer a higiene pessoal e se alimentar. Um restaurante teve telhas arrancadas pela força do fenômeno natural.
Segundo relatos de populares, o redemoinho teria se iniciado às margens da rodovia Duca Serra e durou cerca de 15 minutos. Com a intensidade do vento, objetos foram levantados ao ar durante seu percurso.
No restaurante próximo ao local, telhas foram arrancadas e chegaram a atingir um carro estacionado. Um funcionário de uma borracharia expressou seu susto ao presenciar a cena.
“Nunca tinha visto algo assim. Passou levando um monte de coisas que estavam no chão e levantou muito lixo também. Arrancou telhas do bistrô e, se tivesse durado mais tempo, poderia ter sido bem pior”, afirmou seu Antônio Santos.
Alguns curiosos ainda se arriscavam tentando se aproximar do redemoinho. Apesar do susto e dos danos causados, o fenômeno se afastou da área onde há residências, bares e restaurantes, dissipando-se em seguida.
Com a repercussão do incidente, o especialista Jefferson Vilhena, meteorologista do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMET) do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), explicou que o fenômeno é causado por altas temperaturas e pode facilmente levantar objetos pesados.
“O que acontece é que, em dias bastante quentes e secos, o ar quente sobe rapidamente. Quando ele encontra massas de vento, acaba se chocando. Ou seja, são ventos que vêm de lados opostos. Esse encontro frontal de ventos provoca o surgimento desses redemoinhos, que geram uma baixa pressão atmosférica, conseguindo levantar poeira e detritos. Se forem muito fortes, conseguem levantar até objetos mais pesados, como telhados, pedras e itens grandes, como mesas, cadeiras e até tampas de caixa d’água”, finalizou o especialista.