Tempestade de relâmpagos assusta moradores de Macapá

Relâmpagos, raios e trovões atingiu o estado do Amapá, na madrugada desta quinta-feira (3), causando surpresa e medo
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Por RODRIGO DIAS

Uma intensa tempestade de relâmpagos, raios e trovões atingiu o estado do Amapá, na madrugada desta quinta-feira (3), causando surpresa e medo nos moradores da capital, Macapá.

O fenômeno meteorológico, ocorrido por volta de 4h30, acompanhado de fortes ventos e chuva, impressionou pela quantidade e intensidade em um curto período de tempo.

Nas redes sociais, diversos moradores relataram quedas de energia em diferentes bairros da cidade e o temor causado pelos estrondos dos trovões. O barulho foi tão intenso que acordou muitas pessoas, enquanto animais, especialmente cães, ficaram inquietos durante a madrugada.

Pontos de alagamentos…

… foram registrados em Macapá

Em um vídeo compartilhado, um morador capturou o momento em que um raio caiu nas proximidades, evidenciando o perigo que a tempestade trouxe para a população.

Além dos transtornos relacionados à falta de energia, algumas árvores foram derrubadas pela ventania, como ocorreu próximo ao Hospital de Emergências da capital, onde um veículo foi atingido. Também foram registrados pontos de alagamento em bairros da zona sul, dificultando a locomoção e preocupando os moradores.

Especulações surgiram nas redes sociais de que o evento teria sido causado pela influência de um furacão, o que levou o meteorologista Jefferson Vilhena, do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMET) do Iepa, a esclarecer a situação.

Segundo ele, o que se observou foi a atuação de aglomerados convectivos de “mesoescala” que afetaram tanto o Amapá quanto o Pará, e não diretamente a influência de um furacão. Ele explicou que a mudança nos ventos, ocasionada por furacões no Oceano Pacífico, pode alterar a configuração climática local, mas que a intensidade das chuvas já estava prevista desde o início da semana.

Quedas de árvores causaram transtornos. Fotos: Rodrigo Dias

“O que tivemos foram aglomerados convectivos de mesoescala que pegaram o Amapá e o Pará. Esses furacões no Pacífico podem interferir na nossa configuração de ventos, mas não podemos associar diretamente ao furacão. Já estávamos prevendo essas chuvas desde o início da semana”, explicou Vilhena. Ele também ressaltou que “a chuva foi mais forte do que o esperado, mas a previsão de chuvas intensas para a região metropolitana já estava feita desde segunda-feira”​, pontuou Vilhena.

A tempestade, embora esperada pelos meteorologistas, pegou muitos de surpresa pela sua força, reforçando a necessidade de acompanhamento das previsões e de medidas preventivas em casos de eventos climáticos extremos. As autoridades locais seguem monitorando a situação e orientam a população a redobrar os cuidados durante essas tempestades.

Seles Nafes
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