POR OLHO DE BOTO
O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM-AP) se manifestou sobre o caso do soldado da corporação que foi preso esta semana em flagrante por importunação sexual contra uma colega de farda que está grávida de 5 meses. O crime teria ocorrido dentro do alojamento da corporação, em Oiapoque, a 590 km de Macapá, na última segunda-feira (25).
Em nota oficial (abaixo na íntegra), a instituição repudiou o ato e destacou que medidas rigorosas já foram adotadas para garantir a responsabilização do acusado e o suporte integral à vítima.
O soldado, que integrava o Grupo Tático Aéreo (GTA), foi denunciado pela própria corporação e preso ainda na noite do ocorrido, na última segunda-feira (25). Após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva, e ele permanece no Centro de Custódia, à disposição da Justiça. Paralelamente, foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar os fatos e definir as sanções no âmbito militar.
O comando do CBM informou que a bombeira está recebendo assistência integral, incluindo suporte psicológico oferecido pelo Centro de Saúde da corporação e acolhimento pela rede de apoio psicossocial. A corporação também repudiou o compartilhamento irresponsável de informações sensíveis sobre o caso nas redes sociais, que expõem ainda mais a vítima.
A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por sua vez, destacou que o acusado foi afastado de suas funções e devolvido à corporação de origem para o andamento das medidas administrativas.
O caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o acusado aproveitou um momento de convivência no alojamento para se apresentar como massoterapeuta especializado em gestantes e ofereceu seus serviços à vítima. Durante a suposta massagem, o abuso sexual ocorreu, conforme relato da bombeira à polícia.
A denúncia foi feita imediatamente aos oficiais de serviço, que acionaram a polícia, resultando na prisão em flagrante do acusado.
Nota do CBM
“O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBMAP) repudia de forma veemente qualquer tipo de violência contra as mulheres, especialmente dentro da corporação, onde o respeito, a ética e a igualdade devem prevalecer.
Sobre o militar acusado de importunação sexual contra uma colega de serviço, o CBMAP esclarece que ele foi imediatamente denunciado e preso em flagrante. Após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva. O mesmo está no Centro de Custódia, onde permanece à disposição da Justiça. Além disso, será instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar para apuração dos fatos.
O CBMAP reforça ainda que a vítima recebe assistência integral, com suporte psicológico por meio do Centro de Saúde da corporação e acolhimento da rede de apoio psicossocial. E repudia o compartilhamento de informações do caso, de forma irresponsável nas redes sociais, expondo a vítima.
A corporação reafirma seu compromisso com o enfrentamento aos crimes de natureza sexual e assegura que adota uma política de tolerância zero para qualquer conduta que viole os direitos humanos ou afronte a dignidade de suas integrantes.”