EXCLUSIVO: Gerente é acusado de golpes milionários em correntistas do AP

Rodrigo Pinheiro foi afastado do banco. Num dos casos, uma idosa de 75 anos pode ter tido um prejuízo de R$ 1,5 milhão
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Por SELES NAFES

Um gerente do Banco do Brasil, no Amapá, está sendo investigado por uma série de golpes aplicados em correntistas de Macapá. De acordo com fontes da investigação, conduzida em sigilo pela Polícia Civil, Rodrigo Pinheiro Dias teria utilizado dados de clientes para abrir contas paralelas e realizar empréstimos de alto valor. Apenas uma das vítimas teria sofrido um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão, conforme apurado pelo Portal SN.

Pinheiro atuava como gerente da agência Estilo, localizada na Avenida São José, no centro comercial da capital amapaense. Essa agência é voltada para clientes com alta movimentação financeira, considerados “VIPs”.

Golpe contra idosa

Entre os casos investigados está o de uma idosa de 75 anos. Em outubro, a filha da vítima procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência, após descobrir que o gerente vinha movimentando a conta da mãe dela.

Com acesso total aos dados da cliente, Rodrigo Pinheiro teria realizado diversos empréstimos vultosos em nome da idosa. A família começou a desconfiar da fraude após perceber que as compras no cartão da vítima eram frequentemente recusadas por falta de saldo. De acordo com o relato da filha, o gerente teria convencido a idosa a entregar sua senha bancária, sob o pretexto de oferecer um melhor atendimento.

Após a descoberta do esquema, a família acionou o Banco do Brasil, que garantiu que os prejuízos serão ressarcidos. No caso da idosa, estima-se que o montante movimentado ilegalmente chegue a R$ 1,5 milhão.

Agência Estilo, no Centro Comercial de Macapá, atende contas com alta movimentação. Fotos: Rodrigo Dias/SN

Outras vítimas e possíveis cúmplices

Fontes da investigação confirmaram que outros clientes da agência também foram lesados, mas o Portal SN não conseguiu apurar novos detalhes. O gerente é suspeito de ter agido de má-fé com próprios colegas de trabalho para conseguir efetivar confirmações que levassem a liberação dos valores. 

A superintendente do BB no Amapá, Cathrine Campelo, foi procurada pela reportagem, mas não quis comentar o assunto. Ela pediu que o Portal SN fizesse contato com a assessoria de imprensa nacional do banco, o que foi feito, mas ainda não houve resposta.

A reportagem também tentou contato com Rodrigo Pinheiro, que foi afastado de suas funções, mas o número que ele costumava usar não está ativo. Ele também parece ter excluído suas contas em redes sociais. 

Prejuízo pode chegar a R$ 20 milhões

Nesses casos, o Banco do Brasil deve iniciar uma auditoria detalhada para apurar o tamanho do prejuízo causado pelo esquema. Embora não se tenha chegado ao valor exato, a estimativa é de que o total desviado possa ultrapassar R$ 20 milhões.

Seles Nafes
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