Da REDAÇÃO
Durante a 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada no Azerbaijão, o governador do Amapá, Clécio Luís, protagonizou uma reunião bilateral com representantes do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do bloco econômico BRICS – do qual o Brasil faz parte, junto com China, Índia, Rússia, África do Sul, Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito.
O encontro teve como objetivo atrair investimentos que aliem o potencial ambiental do estado ao desenvolvimento sustentável e à inovação tecnológica.
Reconhecido por seus indicadores ambientais de excelência, o Amapá enfrenta, contudo, significativos desafios sociais e econômicos. Para Clécio, o estado precisa de apoio estratégico para manter a floresta viva e, ao mesmo tempo, criar oportunidades de desenvolvimento sustentável.
“A nossa realidade é insustentável; precisamos mostrar que vale a pena manter a floresta viva, aliando desenvolvimento sustentável”, destacou o governador.
Entre os projetos apresentados ao NDB estão o Atlas Solar, que mapeia o potencial de energia solar no estado; o Plano de Sociobioeconomia, para mobilizar o crescimento da bioeconomia; e o HUB de Inovação, voltado para a criação de um centro tecnológico que impulsione a economia local.
Compromissos e perspectivas
Anil Kishora, vice-presidente e Diretor de Risco do NDB, reafirmou o compromisso do banco com estados periféricos como o Amapá e expressou interesse em contribuir para o desenvolvimento de um ecossistema digital e tecnológico na região.
“Queremos apoiar iniciativas que transformem o potencial ambiental do estado em oportunidades concretas de crescimento”, disse Kishora.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), Gutemberg Vilhena, reforçou a importância de investimentos em inovação para consolidar centros tecnológicos e, assim, gerar emprego e renda.
“Sem inovação, não conseguimos avançar nas soluções que o Amapá necessita”, afirmou.
A reunião contou ainda com a participação de Marcos Igreja e Alessandro Golombiewski, assessores da presidente do NDB, Dilma Rousseff, que têm papel estratégico no alinhamento entre o banco e os estados brasileiros.
O NDB, fundado em 2015, possui como meta alocar 40% de seus investimentos até 2026 em projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, reforçando seu papel como um agente de transformação nos países-membros do BRICS.
O encontro marca um passo importante para o Amapá, que busca consolidar sua posição como referência em preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, enquanto amplia sua infraestrutura tecnológica. Com apoio do NDB, as estratégias apresentadas podem abrir novos caminhos para o futuro do estado e sua população.