Operação prende golpistas do falso ‘ataque hacker’ a contas bancárias de amapaenses

O bando chegou a fazer 12 vítimas que moram em Macapá com esse golpe.
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Por OLHO DE BOTO

As Polícias Civis do Piauí e Amapá prenderam três homens que deram prejuízos de mais de R$ 150 mil a correntistas amapaenses com o golpe do falso ‘ataque hacker’. O grupo atuava na cidade de Parnaíba (PI), de onde aplicava variados golpes pela internet com atuação nacional.

Segundo a investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão à Fraude Eletrônica do Amapá (DRFE), os criminosos se passavam por funcionários dos bancos e comunicavam às vítimas que as contas eletrônicas delas haviam sido invadidas por hackers, desta forma conseguiam convencê-las a transferir o dinheiro para outras contas indicadas por eles.

O bando chegou a fazer 12 vítimas que moram em Macapá com esse golpe. A 1ª vítima que denunciou o crime e deu início à investigação perdeu R$ 6,1 mil para os bandidos.

Entretanto, os golpistas sabiam que era questão de tempo até as vítimas denunciarem à polícia. Por isso, após a fraude aplicada, o dinheiro era transferido pelos criminosos para várias outras contas, uma tentativa de tentar impedir um eventual bloqueio judicial. O dinheiro chegava a passar por mais de 40 contas eletrônicas da quadrilha – conforme análise dos extratos bancários dos envolvidos.

Investigados donos das contas bancárias para onde era distribuído o dinheiro das vítimas. Fotos: Divulgação/PC/PI

Mas, a estratégia criminosa não impediu que a polícia rastreasse os valores mediante quebra do sigilo bancário autorizada pela Justiça do Amapá e eles foram identificados. Na quarta-feira (6), com apoio da Delegacia Regional de Parnaíba-PI, a DRFE prendeu os suspeitos.

Um deles já se encontrava preso no sistema penitenciário piauiense. Ele é considerado o autor intelectual do golpe e, aparentemente, cooptou os outros dois para participar da rede de contas bancárias para receber e rapidamente distribuir os valores recebidos das vítimas.

A investigação foi batizada de Mandu Ladino, homenagem ao líder guerreiro indígena piauiense do século XVIII. Os investigados responderão por fraude eletrônica, lavagem de capitais e organização criminosa.

Seles Nafes
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