Da REDAÇÃO
A Polícia Civil do Amapá desativou uma base criminosa e apreendeu uma aeronave durante a primeira fase da Operação Renorcrim, realizada no município de Laranjal do Jari esta semana. As ações só foram divulgadas agora.
Os policiais apreenderam bens avaliados em mais de R$ 1,2 milhão, incluindo uma aeronave usada para o transporte de materiais ilícitos, armas, lunetas, munições, carotes de combustível, ouro bruto e equipamentos tecnológicos como uma antena de internet de longo alcance e um GPS portátil.
Além disso, um dos armamentos estava em posse de um Guarda Civil Municipal, o que leva à suspeita de envolvimento de servidores públicos no esquema.
Cinco pessoas foram presas em flagrante, entre elas mecânicos, o piloto da aeronave e operadores contratados. O piloto, em depoimento, revelou já ter sobrevivido a quatro acidentes aéreos, apontando os riscos da atividade ilegal.
Os presos foram autuados por crimes como porte ilegal de arma de uso restrito, crimes ambientais, associação criminosa e usurpação de bens da União.
Três dos detidos tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e foram encaminhados ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Os outros dois responderão em liberdade.
A operação representa um golpe no esquema criminoso, causando um prejuízo financeiro superior a R$ 1,2 milhão.
Coordenada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), a iniciativa integra esforços de diversas unidades especializadas e faz parte de uma mobilização nacional liderada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A ação contou com a participação de equipes especializadas, como a DETE (Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes), DECCP (Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio), NOC (Núcleo de Operações com Cães), CORE (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais), DRCCIBER (Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos), LAB-LD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro) e a 1ª DPLJ (Delegacia de Polícia de Laranjal do Jari).
O delegado Ismael Nascimento, da Draco, destacou a relevância da ação para o enfrentamento das práticas ilegais na região, que frequentemente resultam em graves danos ambientais e sociais.
Segundo a polícia, a partir de agora investigações objetivam identificar outros envolvidos no esquema.