Defesa de maquiador acusado de agenciar ‘novinhas’ se pronuncia

Advogado de Paulo Henrique Correa Passarinho, de 19 anos, nega as acusações e diz que o cliente era "pressionado por amigas"
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Por SELES NAFES

O maquiador de 19 anos acusado de ser o agenciador de menores de idade que faziam programas sexuais com empresários, funcionários públicos e até um vereador idoso de Macapá, continua preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A defesa de Paulo Henrique Correa Passarinho, se pronunciou ao Portal SN nesta sexta-feira (20).

A defesa é conduzida pelo advogado Marcelo Lisboa, que negou todas as acusações de favorecimento à prostituição contra o jovem, que foi um dos alvos da Operação Iumenes, deflagrada na última quarta-feira (18) pela Polícia Civil do Amapá.

“Estão demonizando esse jovem, e a sociedade precisa saber a versão dele”, ponderou.

Amigas

O advogado afirma que eram amigas do maquiador que insistiam para que ele indicasse a elas possíveis clientes para encontros sexuais.

“Eram suas próprias amigas que lhe pressionavam para ligar para seus amigos pedindo presentes e querendo marcar encontros. Muitas das vezes eram suas próprias amigas que pegavam seu telefone e elas próprias conversavam com os amigos de Paulo Passarinho”, garante o advogado.

Segundo Marcelo Lisboa, por conta da profissão de Paulo ele tinha muitas amigas, mas nenhuma delas seria menor de idade.

“Além disso, nega que qualquer dos investigados tenha solicitado encontros com mulheres menores de idade e desconhece tais acusações, mesmo porque suas amigas sempre lhe falavam que já tinham 18 anos”, acrescentou.

10 mandados de prisão foram expedidos pela justiça. Foto: Lucas Brito

Catálogo

Além de Paulo Henrique, mais 9 pessoas foram presas, entre elas o empresário André de Sousa Santos, dono da empresa de navegação Silmar e da rede de motéis Palazzo; e o major do Corpo de Bombeiros Aderaldo Leite. Somente o vereador Zeca Abdon continua foragido. Segundo a Delegacia de Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Dercca), as vítimas eram muito pobres, recebiam valores pequenos como R$ 30 e até lanches como retribuição pelos favores sexuais.

As investigações começaram no ano passado, após a prisão do empresário Sandro Azevedo e da apreensão do celular dele. Ele teria conhecido uma das “novinhas” (como os acusados identificavam as jovens), por meio de Paulo Henrique Passarinho.

Vereador permanece foragido…

Advogado Marcelo Lisboa: “estão demonizando esse jovem”

A polícia acredita que o maquiador teria um papel importante na rede de exploração sexual de menores.

“Durante a investigação, constatou-se que Passarinho utilizava suas redes sociais para expor várias jovens, incluindo adolescentes e crianças, em vídeos de danças sugestivas. As postagens eram altamente sexualizadas, levando a crer que suas redes serviam como um ‘catálogo’ para possíveis interessados na exploração das jovens. Além das danças, foram coletadas evidências de que Passarinho orientava jovens a mentir sobre suas situações”, diz trecho do relatório da polícia que embasou os pedidos de prisão preventiva.

Já a defesa também ressaltou “que Paulo Passarinho é um jovem de apenas 19 anos de idade absolutamente pacifico, o qual não representa nenhum risco à sociedade, e quem lhe conhece pode comprovar tais afirmações”, finalizou o advogado, que ainda vai ingressar com um pedido de liberdade provisória.

Seles Nafes
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