Da REDAÇÃO
O temor dos amapaenses quanto a um novo reajuste significativo na tarifa de energia elétrica voltou. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda um aumento de 17% no estado, conforme divulgado pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (2). Se aprovado, o acréscimo intensificará o valor final do talão que já traz altos custos de energia, sobretudo com impostos.
O Amapá já enfrentou o fantasma de um reajuste ainda maior no ano passado, quando a Aneel propôs uma alta de 44,4%. A medida mobilizou políticos locais e gerou forte reação da população, pois tornaria a tarifa de energia no estado a mais cara do Brasil.
Na época, o Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Alexandre Silveira (PSD), conseguiu conter o aumento por meio de uma Medida Provisória, destinando R$ 224 milhões para amenizar os custos do serviço de distribuição.
O governo federal anunciou, em abril deste ano, a antecipação de R$ 350 milhões para conter novos aumentos tarifários. O anúncio foi feito durante uma visita ao estado pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre Silveira, reforçando apoio ao senador Davi Alcolumbre, que tem se posicionado firmemente contra os reajustes. Apesar desses esforços, o fantasma do aumento volta a rondar, trazendo incertezas para 2025.
A distribuição de energia elétrica no estado é concedida ao Grupo Equatorial, que arrematou a estatal Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), em leilão realizado pelo BNDES em 2022. Os consumidores estão arcando com os efeitos dessa mudança no setor.
A Folha de São Paulo afirmou ter procurado a Aneel, que não se pronunciou até o momento sobre a nova proposta de reajuste.