Juiz e servidores são alvo de operação contra esquema para beneficiar faccionados

Além das prisões, 12 mandados de busca e apreensão forma cumpridos em Macapá e outras 3 capitais.
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Da REDAÇÃO

Cinco pessoas foram presas nesta manhã de sexta-feira (6) por agentes da Polícia Federal e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) numa operação que investiga o envolvimento de servidores da Justiça do Amapá com líderes de organizações criminosas num suposto esquema de decisões judiciais com favorecimento a faccionados.

Além das prisões, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Macapá, Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Santa Catarina (SC). As autoridades não divulgaram os nomes dos presos e nem o que foi apreendido.

Apesar da Operação Cidade de Esmeraldas ter alcance interestadual, o núcleo investigativo é da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá – já que um dos investigados tem foro privilegiado.

12 endereços foram alvos da operação

O MP afirmou que, de acordo com as investigações, o esquema envolvia servidores públicos, incluindo um juiz de Direito e funcionários do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e criminosos ligados a facções. A casa do juiz foi um dos endereços ‘visitados’ esta manhã pelos federais.

Operando por meio de decisões judiciais expedidas pela Vara de Execução Penal de Macapá, a trama permitia benefícios ilegais aos detentos, comprometendo a integridade do sistema judiciário e a segurança da população.

Operação envolveu agentes da Polícia Federal e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO)

As investigações tiveram início após a Operação Queda da Bastilha, que revelou indícios de corrupção envolvendo o sistema penal e trouxe à tona um esquema onde advogados recebiam dinheiro de faccionados para pagamento de servidores do Iapen, que conseguiam atestados falsos com médicos, subsidiando liberações dos presos com descumprimento legal e eventuais fugas.

O Núcleo de Investigação (NIMP) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também participaram da investigação.

Seles Nafes
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