Por SELES NAFES
Cinco policiais militares do Amapá – dois sargentos, dois cabos e um soldado – enfrentarão o júri popular, nesta terça-feira (3), no processo que apurou a abordagem que terminou nas mortes de quatro criminosos foragidos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), há quase oito anos. O julgamento será conduzido pela juíza Lívia Simone, titular do Tribunal do Júri, a partir das 8h.
O caso: perseguição e troca de tiros em Macapá
O episódio ocorreu na tarde de 28 de agosto de 2017, no bairro dos Congós, zona sul de Macapá. De acordo com as investigações, os policiais do extinto Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (atual Força Tática) foram informados, por denúncia anônima, de que um grupo de criminosos planejava um assalto em um correspondente bancário.
O bando, formado por cinco homens e utilizando um táxi branco, foi avistado na 7ª Avenida dos Congós. O veículo, um modelo Corsa com placas QLN-0280, não atendeu à ordem de parada e iniciou uma fuga pelas ruas do bairro, segundo relataram os policiais.
A perseguição culminou na 21ª Avenida, onde o táxi foi cercado. Segundo a Polícia Militar, ao descerem das viaturas, os policiais viraram alvos dos criminosos e revidaram, resultando na morte de quatro integrantes do grupo. O taxista, ferido no confronto, foi levado ao Hospital de Emergências, passou por cirurgia e sobreviveu.
“Mata os polícia é a nossa meta”
A PM informou na época que o grupo pretendia assaltar um correspondente bancário, e já tinha passado com o carro cinco vezes em frente ao estabelecimento. Após a abordagem, foram apreendidas quatro armas de fogo, incluindo revólveres calibres 38 e 22 e uma pistola 380.
Os quatro mortos no confronto eram foragidos do Iapen e já tinham passagens criminais, incluindo assaltos e outras ações violentas.
Eles foram identificados como:
Jean Gadelha dos Santos, de 22 anos, com mandado de prisão por roubo e fugitivo do Iapen
Manoel Benedito de Souza dos Santos, de 39 anos, mandado de prisão por roubo e fugitivo do Iapen
José Maria Gonçalves de Lima Júnior, de 22 anos, fugitivo do Iapen onde cumpria pena por roubo
E Erlandi Alves de Souza Santos, 21 anos.
No perfil dele, no Facebook, ele se identificava como Erlon Alves, e tinha uma espécie de slogan: “Mata os polícia é a nossa meta” .