Policiais são absolvidos por mortes de fugitivos do Iapen

Militares participaram do julgamento de forma presencial.
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Por RODRIGO DIAS 

A Justiça absolveu quatro policiais militares do antigo Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM), atual Força Tática da Polícia Militar do Amapá, acusados de quatro homicídios e uma tentativa de homicídio durante uma ocorrência no bairro dos Congós, em Macapá, no ano de 2017.

A sentença foi proferida pela juíza Lívia Simone Freitas por volta das 22h desta terça-feira (3). A acusação foi conduzida por um promotor do Ministério Público e pelo advogado Maurício Pereira. A defesa dos policiais ficou a cargo dos advogados Charlles Bordalo e Dirce Bordalo. 

O sargento Mário Ângelo Borges de Araújo, os cabos Adailson Roberto da Silva e Fernando de Moraes, além do soldado Hely Ribeiro de Oliveira, participaram do julgamento de forma presencial. 

O conselho de sentença, composto por cinco homens e duas mulheres, não reconheceu a materialidade no processo de fraude processual, afastando os demais quesitos relacionados ao crime analisado.

Após avistar o veículo, os policiais tentaram abordar o grupo, que fugiu. Fotos:OLHO DE BOTO/SN

O caso

O episódio ocorreu em 28 de agosto de 2017, no bairro dos Congós, zona sul de Macapá. Policiais da antiga BRPM (atual Força Tática) receberam denúncia de um plano de assalto a um correspondente bancário por um grupo de criminosos em um táxi branco. 

Após avistar o veículo, os policiais tentaram abordar o grupo, que fugiu. A perseguição terminou na 21ª Avenida, onde o táxi foi cercado. Segundo a PM, os suspeitos atiraram contra os agentes, que revidaram, matando quatro deles. O taxista, ferido, foi levado ao hospital, passou por cirurgia e sobreviveu.

A PM informou na época que o grupo pretendia assaltar um correspondente bancário, e já tinha passado com o carro cinco vezes em frente ao estabelecimento. Após a abordagem, foram apreendidas quatro armas de fogo, incluindo revólveres calibres 38 e 22 e uma pistola 380.

Ameaças de morte

Os quatro mortos no confronto eram foragidos do Iapen e já tinham passagens criminais, incluindo assaltos e outras ações violentas. Eles foram identificados como: Jean Gadelha dos Santos, de 22 anos, com mandado de prisão por roubo e fugitivo do Iapen; Manoel Benedito de Souza dos Santos, de 39 anos, mandado de prisão por roubo e fugitivo do Iapen; José Maria Gonçalves de Lima Júnior, de 22 anos, fugitivo do Iapen onde cumpria pena por roubo; e Erlandi Alves de Souza Santos, 21 anos, que no seu perfil no Facebook se identificava como Erlon Alves, e tinha uma espécie de slogan: “Mata os polícia é a nossa meta”.

Facebook de Erlandi Alves, o “Erlon”: mata os polícia

Seles Nafes
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