Rampa do açaí terá nome de herói que morreu ao salvar irmãos de afogamento

O universitário de 23 anos morreu em um ato de heroísmo ao salvar duas pessoas que estavam se afogando próximo do ponto turístico.
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Por RODRIGO DIAS

O heroísmo do universitário Aluísio Luiz da Silva Júnior, de 23 anos, que morreu para salvar dois banhistas que estavam se afogando na Rampa do Açaí, na orla sul da capital amapaense, será imortalizado.

A 60ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Macapá aprovou, nesta terça (10), o projeto de lei nº 137/2024, de autoria do vereador Marcelo Dias (PRD), que renomeia o ponto turístico no Bairro Santa Inês, onde a tragédia aconteceu, com o nome do herói. O logradouro agora passará a se chamar Rampa Aluísio Luiz da Silva Júnior.

O universitário trabalhava em um restaurante na Rampa do Açaí quando observou, na tarde do dia 18 de outubro, duas pessoas se afogando e não pesou duas vezes em pular no Rio Amazonas para socorrê-las.

Aluísio Junior era estudante de pedagogia da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) e pelo ato de bravura recebeu várias homenagens póstumas nas redes sociais.

Aluísio desapareceu nas águas do Amazonas logo depois de ajudar a retirar as duas pessoas da água

Jovem era uma pessoa prestativa e companheira

“É uma homenagem a ele pelo ato de bravura e a todos só família”, disse o autor do projeto.

Segundo o pai do rapaz, Aluísio Luiz, a fatalidade não tem explicação. Já a homenagem vem como uma forma de alerta para a população.

“É preciso um olhar de segurança com aquele lugar, que aquilo ali é demais, de vez em quando falece um com esse tipo de situação aí. Deus levou meu filho, mas estamos aqui pra seguir em frente por ele. Foi muito corajoso, fez o que tinha que ser feito e agradecemos a homenagem”, disse o pai.

Dryelly Inês, irmã do universitário, detalhou que ele era um ser humano companheiro, amável e muito carinhoso. Agora, o foco da família é tocar um projeto para colocar kits de salvamento, boias e alertas para orientar a população.

Aluísio Junior era estudante de pedagogia da Universidade Estadual do Amapá (Ueap)

“A cultura do nosso estado de tomar banho ali é muito forte. Não podemos proibir, mas precisamos orientar. É importante que os pais fiquem atentos às crianças e que haja boias disponíveis, algo que poderia ter salvado meu irmão. Faremos o possível para conscientizar a população através da história do Aluísio”, afirmou Dryelly.

Seles Nafes
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