Água de esgoto transborda e invade casas na zona sul de Macapá

O sistema, que atende o perímetro entre as Ruas Leopoldo Machado e Jovino Dinoá, apresentou mais uma vez falhas após a forte chuva que atingiu a região ontem.
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Por OLHO DE BOTO

Os moradores da Avenida Xavantes, no Bairro Beirol, zona sul de Macapá, continuam enfrentando graves problemas causados pela rede de esgoto antiga que drena águas pluviais e hidrossanitárias.

O sistema, que atende o perímetro entre as Ruas Leopoldo Machado e Jovino Dinoá – a poucos metros do Quartel da Polícia Militar do Amapá –, apresentou mais uma vez falhas com a forte chuva que atingiu a região ontem (10) à noite. O esgoto transbordou, invadindo várias casas com água contaminada e fétida, que retornou pelos ralos, caixas de gordura e suspiros das residências conectadas ao sistema.

Além de afetar os moradores, o problema prejudica os empreendimentos locais, que sofrem com a queda no movimento por causa do mau cheiro. O cenário tem agravado com o surgimento de animais peçonhentos, roedores e insetos na área, aumentando os riscos à saúde pública.

Fernando Moraes, empresário e morador da avenida, descreveu os impactos na rotina.

Fernando Moraes, empresário e morador da avenida, descreveu os impactos na rotina

“Nós moradores aqui da Avenida Xavantes estamos passando por um sério problema. Essa rede antiga de esgoto não foi resolvida, e, quando chove, entope. O esgoto retorna para dentro dos banheiros e alaga as casas. O mau cheiro é insuportável e afeta não só nossas vidas, mas também meu empreendimento. Perco vendas por conta disso. Aqui na rua tem uma escola particular, com crianças, e o problema é o mesmo. Essa água suja atrai ratos, insetos e invade os quintais. Pagamos uma taxa alta por um serviço de péssima qualidade, e a empresa responsável já veio, mas não resolveu nada. A rede precisa ser trocada urgentemente, como já foi feito em outras ruas próximas, mas aqui seguimos abandonados”, reclamou.

Outro relato dramático veio da autônoma Jordelane Souza, que destacou as consequências para sua família.

Jordelane Souza: “É urgente que isso seja resolvido”

“Ontem, tudo transbordou. Tenho um sobrinho autista que ficou desesperado com a situação e acabou contraindo infecção intestinal. Minha mãe, que já é idosa, também sofre. Não podemos nem sair de casa porque o quintal alaga. Preciso esperar a água baixar para poder limpar tudo e, mesmo assim, fica impossível trabalhar. Pagamos R$ 200 por esse serviço precário. Já trocou a rede de esgoto da rua vizinha, mas aqui nada mudou. É urgente que isso seja resolvido”, exigiu a moradora.

Apesar das reclamações, os moradores afirmam que os reparos realizados pela empresa responsável são paliativos e não resolvem o problema. Eles pedem a substituição completa da rede de esgoto antiga, que já não comporta a demanda atual da região.

Seles Nafes
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