Por RODRIGO DIAS
Nem o clima chuvoso impediu presidentes de caixas escolares de Macapá de ocuparem a frente do Palácio Laurindo Banha, sede da prefeitura na Avenida FAB, na manhã desta quinta-feira (16). Eles reivindicam o atraso do repasse de manutenção e merenda de 2024.
De acordo com os manifestantes, o grupo representa 96 caixas escolares de instituições de ensino da capital.
Segundo Ricardo Silva, presidente do caixa escolar da Creche Sérgio Costa Coutinho, do Bairro do Zerão, eram pra ser pagas 9 parcelas até dezembro do ano passado, entretanto, apenas três foram pagas.
“Os presidentes estavam tirando fiado com os fornecedores, alguns pagando do próprio bolso para que as crianças pudessem lanchar e para que a manutenção fosse feita. Mas agora os fornecedores ameaçaram nos jogar na justiça, por isso queremos uma resposta”, revelou.
Ainda segundo os manifestantes, o grupo ainda reuniu com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) por quatro vezes, onde o secretário Madson se comprometeu a sanar o problema. Como não teve nenhum avanço, foi necessário manifestar.
“A reivindicação não é ato político e sim uma busca do direito das crianças”, acrescentou.
No microfone do carro som, os presidentes explanaram sobre os problemas. Segundo eles, sem manutenção, algumas escolas sequer tinham papel higiênico para oferecer aos estudantes. Outra circunstância comum relatada por eles, era a liberação de alunos mais cedo por causa da falta de lanche para alimentar as crianças.
Os manifestantes, informaram ainda que não há condições de recomeçar as aulas no dia 10 de fevereiro, caso as dívidas não sejam quitadas com os fornecedores.
A reportagem procurou a Prefeitura de Macapá, que informou que está em reunião sobre o caso e se posicionará nas próximas horas sobre as tratativas.