Por SELES NAFES
O novo presidente da Câmara Municipal de Macapá, Pedro DaLua (União), adotou um tom moderado em seu discurso de vitória nesta quarta-feira (1º), após a desistência da chapa adversária apoiada pelo prefeito Antônio Furlan (MDB). DaLua buscou afastar a imagem de que sua gestão será caracterizada como oposição ao Executivo municipal.
No início do discurso, DaLua destacou sua trajetória pública, relembrando seu período como presidente da Uecsa, e elogiou a gestão do vereador Marcelo Dias (PRD), que comandou a Câmara nos últimos seis anos. Dias, até então aliado do prefeito Furlan, rompeu com a base para apoiar a candidatura de DaLua.
“Vossa excelência foi um maestro”, resumiu DaLua ao reconhecer o trabalho de Marcelo Dias.
O presidente também revelou que, momentos antes da eleição da mesa diretora, foi firmado um acordo com a chapa de João Mendonça (PRD) para a retirada da candidatura dele.
“Aqui não existe vencedor ou derrotado. Existe maturidade. Esse tipo de consenso é necessário para mandar um recado a toda Macapá. Muito se falou que a chapa eleita trabalharia para desgastar o prefeito e criar um ambiente desnecessário para a comunidade”, destacou.
Respeito a Furlan
DaLua reforçou seu respeito pela expressiva votação obtida por Furlan nas últimas eleições, ao mesmo tempo em que apontou para o equilíbrio político esperado pelos eleitores. Contudo, fez uma ponderação.
“Esta Casa respeita os quase 86% dos votos que o prefeito teve nas urnas, mas o povo elegeu vereadores que, em sua maioria, têm uma tendência à oposição. O que o povo quer dizer para nós? Que precisamos ter equilíbrio”, completou.
Encerrando o discurso, o presidente afirmou que o Legislativo buscará atuar como uma ponte entre a população e o Executivo municipal, promovendo um diálogo construtivo e responsável.
“Do doido, eu só tenho o nome”, finalizou, referindo-se ao personagem Tonho da Lua, da novela Mulheres de Areia.