Por RODRIGO DIAS
O soldado da Polícia Militar do Amapá, Bruno Souza de Deus, de 30 anos, foi preso nesta quarta-feira (29) após descumprir uma medida protetiva contra sua mãe. O militar lotado no BPRU, que recentemente ingressou na corporação, foi detido e conduzido à Delegacia da Mulher.
Para a equipe policial, a mãe de Bruno relatou que não conseguia ir em sua residência desde domingo passado (26/01), pois o Militar a expulsou e não deixava ela retornar. Com isso, a mãe precisou ficar na casa de sua irmã.
O filho infrator trocou o cadeado da entrada da casa privando a entrada da mãe na residência. Na segunda-feira (27/01), a vítima foi até a Delegacia da Mulher e registrou um boletim de ocorrência, onde foi expedida a medida protetiva.
Bruno foi notificado pelo oficial de justiça e despejado da residência que fica no bairro do Zerão, mas veio a descumprir a ordem.
Segundo fontes próximas ao caso, o soldado também estaria agindo de forma irregular, sem uniforme, ameaçando pessoas, fechando bares e abordando veículos sem estar no exercício da profissão. Há vídeos que comprovam essas ações, segundo as fontes.
“Vem reiteradamente abordando pessoas em locais públicos e estabelecimentos comerciais noturnos, usando as prerrogativas policiais para exigir que pessoas deixem os locais em qual estão e fechando os estabelecimentos, tudo isso sem conhecimento da instituição e nem legalidade, colocando com isso sua vida e de outras pessoas em perigo. Essas situações são de conhecimento da sociedade amapaense, pois ele mesmo filma e publica as situações por ele provocadas”, diz o boletim de ocorrência
Em um dos registros, o soldado aparece saindo do carro, gritando com as pessoas na entrada de uma casa noturna.
“É pra encerrar, estou mandando, é pra desligar o som, é pra desligar, o senhor não tá entendendo ou o senhor tá surdo?”, diz em um dos trechos.
Ele aparece em outro vídeo abordando uma pessoa que foi buscar uma encomenda, em um condomínio. O PM também não estava fardado e não justificou porque teve essa atitude.
O caso será encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar do Amapá para investigação e possível punição administrativa.
A PM informou, através de sua Assessoria de Comunicação, que ainda não vai se posicionar sobre o assunto.