Por ALLAN VALENTE
Denúncias feitas por funcionários da Vigilância Ambiental do Município de Macapá, localizada no bairro Cabralzinho, zona oeste da capital, alertam para paralisação do departamento que cuida, especificamente, do controle de doenças como a malária e a dengue na cidade.
São vários problemas, segundo os denunciantes, entre eles o descaso com o prédio. Segundo um funcionário, o espaço está deteriorado pelo tempo, quase caindo sobre os servidores, apresentando buracos no teto, causando goteiras, aparelhos para climatização de salas danificados, além de veículos terrestres e aquáticos parados ou sucateados na garagem do órgão.
O funcionário, que preferiu não se identificar, relatou às péssimas condições de serviço da vigilância ambiental.
“Estamos esquecidos, em total inércia e displicência no nosso serviço. Estamos sem combustível para os transportes, item imprescindível para nosso deslocamento. Em alguns casos emergenciais, usamos até nossos próprios transportes”, relatou.
Outras demandas como água potável em bebedouros e para limpeza, equipamentos administrativos e EPI’s para serviço de campo, itens básicos, estão em falta.
“Desde novembro, estamos sem diretoria e sem chefia de divisão. Estamos vindo apenas cumprir horário. Os FG’s (Funções Gratificadas), supervisores que recebiam para executar funções fora do horário de serviço estão com seus serviços e gratificações canceladas”, reclamou o funcionário.
A Vigilância Ambiental é o órgão responsável pelo conjunto de ações que proporcionam conhecimento e detecção de mudanças em fatores determinantes e condicionantes no meio ambiente, interferindo na saúde dos cidadãos do município. O órgão, fundado em 2017, otimiza o planejamento dessas ações de combate e controle de doenças como a malária e a dengue em Macapá e nos distritos da capital.