Por RODRIGO DIAS
Após a tradicional confusão no aniversário de Macapá, na terça-feira (4), quando centenas de pessoas derrubaram grades de proteção e se arriscaram para conseguir um pedaço do bolo de comemoração dos 267 anos, começaram a circular nas redes sociais bons exemplos de organização em outras cidades.
As comparações chamam a atenção da gestão municipal para que, nos próximos anos, a distribuição do bolo seja feita de forma segura e acessível para a população. Afinal, houve até quem caísse de cara no bolo e, ainda assim, não conseguisse pegar uma fatia.
Organização
Um dos casos mais comentados foi o do município de Portel (PA), que celebrou seu 267º aniversário no dia 24 de janeiro de 2025 com uma distribuição organizada e sem tumulto. A cidade contou com um bolo gigante de 51 metros, preparado por um confeiteiro local e servido de maneira estruturada à população.
Para a confecção do bolo, foram utilizadas 240 placas e 570 quilos de recheio de cupuaçu e bacuri. A organização do evento foi exemplar: uma estrutura de madeira foi montada para acomodar o bolo, e plástico filme foi utilizado para protegê-lo de poeira e insetos.
A Guarda Municipal de Portel auxiliou no transporte das placas do bolo. Após os parabéns, o prefeito cortou a primeira fatia e a entregou a uma criança, simbolizando o futuro da cidade. Em seguida, o confeiteiro cortou porções generosas, que foram distribuídas em sacolas e recipientes aos moradores. O exemplo de civilidade viralizou nas redes sociais, impulsionado por uma publicação de Thiago Barros, que acumulou milhões de visualizações e curtidas.
Outros modelos
O caso de Portel não é único. Em Toledo (PR), por exemplo, a prefeitura optou por um bolo simbólico para o momento dos parabéns e distribuiu mais de 25 mil potes com bolo já embalado.
Já em Lucas do Rio Verde (MT), a distribuição é feita de forma controlada, garantindo que cada cidadão receba sua fatia sem tumulto.
Esses exemplos demonstram que é possível manter a tradição da distribuição do bolo sem colocar a população em risco, um modelo que poderia ser adaptado para Macapá nos próximos anos.