Com barreira sanitária, Amapá tenta impedir transporte de sementes afetadas por praga

Medida definida em portaria já está em vigor e visa impedir o fluxo de sementes-maniva oriundas de regiões já contaminadas pela praga.
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Da REDAÇÃO

O Amapá adotou medidas rigorosas de controle para conter o avanço da praga Rhizoctonia theobromae, conhecida como “vassoura de bruxa” da mandioca. A principal delas é a instalação de barreiras sanitárias, previstas na Portaria nº 769, de 29 de janeiro de 2025, que proíbe o transporte de sementes-maniva de regiões afetadas. A restrição tem validade de 1 ano.

A praga já causou prejuízos significativos na produção de farinha no município de Oiapoque, onde destruiu plantações. A disseminação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, solo, água e movimentação de plantas entre regiões, tornando o controle essencial para evitar um surto maior.

A “vassoura de bruxa” da mandioca causa ramos deformados e secos, nanismo, brotos fracos, clorose, murcha e morte das plantas. A dispersão pode ocorrer através de material vegetal infectado, ferramentas de poda, solo, água e movimentação de plantas entre regiões.

Estratégias de prevenção

Diante do risco fitossanitário, o Governo do Amapá e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizaram uma reunião técnica para discutir estratégias de prevenção nos estados do Pará e Amapá. O encontro ocorreu no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), em Belém, com a participação de órgãos do setor agrícola da Região Norte.

Reunião técnica em Belém discutiu estratégias de prevenção nos estados do Pará e Amapá. Fotos: Ascom/GEA

O Amapá foi representado pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro) e pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap). O debate foi motivado pelo estado de emergência fitossanitária decretado pelo Mapa para ambos os estados, devido à ameaça da praga.

Próximos passos

Além da barreira sanitária, ficou definida uma nova reunião em Brasília (DF) com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou do evento por videoconferência.

O encontro envolverá o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e outros órgãos do setor primário, para alinhar novas estratégias de contenção da praga e proteção da produção de mandioca na região.

O objetivo das ações é impedir a expansão da praga para outras regiões e garantir a segurança da produção agrícola, especialmente para os agricultores que dependem da mandioca e da farinha como base econômica e alimentar.

Seles Nafes
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