Por SELES NAFES
O Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá (Sinsepeap) manifestou repúdio à decisão do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), de cancelar a licença do vereador e professor Claudiomar Rosa (PT), que vinha realizando diversas denúncias contra a administração municipal. O sindicato classificou a medida como um “grave atentado contra a democracia e o livre exercício do mandato parlamentar”.
A portaria assinada pelo prefeito determina que o vereador retorne ao trabalho em uma escola municipal a partir do dia 14 de fevereiro. Claudiomar foi notificado da decisão ontem (18), logo após a Câmara Municipal de Macapá aprovar, por unanimidade, a convocação do secretário de Comunicação, Juarez Menescal, suspeito de irregularidades no uso de verba pública.
Há indícios de que Menescal direcionou valores altos a um site recém-criado, uma empresa de publicidade e uma rede social ligados à sua ex-companheira. A agência dela pertencia a ele no ano passado.
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Portaria mandando vereador voltar a lecionar
Apesar das acusações, o secretário permanece no cargo e ainda não se pronunciou sobre o caso. Para o Sinsepeap, a revogação da licença de Claudiomar Rosa é uma retaliação política por parte do prefeito, que estaria tentando silenciar um parlamentar atuante nas fiscalizações da gestão municipal.
“O cerceamento da atuação de um vereador eleito pelo povo representa um grave atentado contra a democracia e o livre exercício do mandato parlamentar”, diz trecho da nota divulgada pelo sindicato.
Na manifestação pública, o Sinsepeap exige que Furlan reveja sua decisão e respeite os princípios que regem a administração pública e o Estado Democrático de Direito.
“Seguiremos vigilantes e mobilizados contra qualquer tentativa de intimidação ou perseguição política”, finaliza o documento assinado pela presidente do sindicato, Kátia Cilene de Mendonça Almeida.