Da REDAÇÃO
Um balanço divulgado nesta quinta-feira (6) pelo Hospital de Emergência (HE) de Macapá revelou que a maioria dos atendimentos durante o período carnavalesco poderia ter sido realizada em unidades básicas de saúde (UBSs), administradas pela Prefeitura de Macapá. Dos 1.132 pacientes atendidos entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, quase 500 apresentavam quadros típicos do perfil de UBSs.
Entre os casos registrados, 773 foram atendimentos clínicos, sendo a desidratação severa causada pelo consumo excessivo de álcool um dos principais motivos dos atendimentos. Além disso, em menor número, foram registrados casos mais graves, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos, que exigiram maior atenção da equipe médica.
A classificação dos atendimentos por nível de urgência revelou que apenas três casos foram considerados emergências graves, enquanto 133 foram muito urgentes. Outros 493 atendimentos, classificados como emergência moderada, poderiam ter sido tratados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), enquanto 490 foram considerados pouco urgentes.
“Hoje, o paciente do HE aguarda, no máximo, um dia para fazer a cirurgia. Isso era impossível antes dos investimentos e da prioridade que o governador Clécio Luís estabeleceu para a saúde”, concluiu o diretor do hospital, Emanoel Martins.
Acidentes
Os casos de trauma somaram 359 atendimentos, incluindo vítimas de acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motocicletas, além de ferimentos por arma branca e de fogo. Também foram registrados casos de pacientes vindos de outros municípios com picadas de animais peçonhentos, que necessitaram de atendimento especializado no HE.
“No bloco A Banda não tivemos tantas ocorrências. A polícia estava muito presente, o que inibiu aqueles mal-intencionados”, ressaltou Martins.
Para lidar com a demanda do Carnaval, o hospital reforçou o ambulatório clínico com mais três médicos e destinou dois profissionais extras para o setor de trauma. Além disso, a farmácia da unidade foi totalmente abastecida para garantir o fluxo de atendimentos durante o período festivo.