Júri de acusados de matar suposto informante da polícia é adiado

Defesa insiste na oitiva de testemunha chave, e juíza remarca julgamento para abril
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Por RODRIGO DIAS

O julgamento de três homens acusados de matar um informante da polícia, que ocorreria nesta quinta-feira (20), foi adiado para o dia 29 de abril. A decisão foi tomada pela juíza Lívia Simone Freitas, após a defesa dos réus insistir na oitiva de uma testemunha chave, que também havia sido arrolada pelo Ministério Público.

Os três acusados são réus em um processo que apura a morte de um homem que, em tese, atuava como informante do delegado Sidney Leite [exonerado do cargo por envolvimento com o tráfico] em operações de combate ao tráfico de drogas em Macapá.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, um dos acusados, que já cumpre pena por outros crimes, teria ordenado o assassinato da vítima Pablo Alberto Maciel Farias de dentro da prisão. Os outros dois réus seriam o motorista e o executor do crime.

Crime ocorreu em março de 2022, na Avenida Acelino de Leão, no Bairro do Trem. Foto: Olho de Boto/SN

A testemunha chave do caso foi arrolada tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa dos réus. No entanto, o promotor de Justiça desistiu de ouvi-la, e a juíza homologou a desistência, considerando a testemunha apenas como parte da acusação.

A defesa, por sua vez, não desistiu da oitiva da testemunha, que é considerada imprescindível para o julgamento. Os advogados Daniel Modesto e Sandro Modesto, que defende um dos réus, Joel Almeida Lopes Júnior, conhecido como Júnior Almeida, argumentou que a testemunha também deveria ser ouvida pela defesa.

Para garantir o direito da defesa de ouvir a testemunha, a juíza Lívia Simone Freitas decidiu adiar o julgamento para o dia 29 de abril. A expectativa é que a testemunha seja ouvida tanto pela acusação quanto pela defesa, garantindo um julgamento justo e completo.

Os três acusados estão presos preventivamente e aguardam o julgamento. Joel Almeida, um dos réus, já cumpre pena por outros crimes.

O caso

A denúncia do Ministério Público aponta que por volta de 22h20 no dia no dia 7 de março de 2022, na Avenida Acelino de Leão, 497, no bairro do Trem, a vítima Pablo Alberto Maciel Farias estava em via pública quando João Batista Gomes da Silva, a mando de Joel Almeida Lopes Júnior, desferiu diversos disparos de arma de fogo na vítima, que não resistiu. Hilderlan Zacheu da Silva deu cobertura e transporte de fuga.

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