Por JONHWENE SILVA, de Santana
Lançado na última sexta-feira (21), o livro “Santana da Amazônia”, de autoria do geógrafo Marlus Carvalho, faz um resgate histórico detalhado da colonização e ocupação do município de Santana, no Amapá, entre os séculos XVI e XVII, destacando a influência da descoberta de ouro e prata na América do Sul nesse processo. O lançamento da obra ocorreu no Cine Teatro Silvio Romero, coração da cultura santanense, a 17 km de Macapá.
Com riqueza de detalhes, a obra conta com os 400 anos de história, relatados sobre a ocupação e conquista do que hoje é a cidade de Santana, que fica na região metropolitana de Macapá. Os estudos no livro, mostram que o processo foi fundamental para a consolidação da Amazônia Brasileira. A historiografia, contada pelo autor, mostra a formação social do território amapaense.
“Foram consultadas em torno de 7 a 9 mil páginas contendo informações do século XVII, muitas delas que precisei buscar principalmente na Holanda, Inglaterra e Espanha”, explicou Marlus Carvalho.
A obra conseguiu reunir em mais de 120 páginas, num intenso trabalho de pesquisas que durou cerca de um ano e meio. Foram pesquisas e consultas feitas em documentos solicitados em instituições de arquivos históricos em universidades, sendo muitas delas existentes fora do Brasil.

A obra, organizada em ordem cronológica, revela como o antigo povoado de Santana se tornou parte fundamental da história do Amapá
Segundo Marlus Carvalho, a descoberta de jazidas de prata e de ouro na América do Sul, na virada do século XVI para XVII, são fatores que contribuíram para o fluxo migratório e a consequente ocupação. Os capítulos do livro estão em ordem cronológica, seguindo a sequência dos principais acontecimentos que marcaram, no decorrer do tempo, a transição entre o antigo povoado de Santana até a sua elevação à categoria de município, em 17 de dezembro 1987.
“Foi preciso traduzir a linguagem de muitos desses documentos, e de outros não tinha como encontrar tradução devido ser de uma linguagem que hoje é praticamente inexistente. Essa informação que rapidamente se espalhou, foi determinante para esse processo de ocupação da Amazônia Brasileira”.