Presidente da Câmara cobra contratação de professores da Educação Especial em Macapá

Pedro Dalua, que teve requerimento aprovado nesta quinta (6), informou que há carência de pelo menos 1 mil profissionais. Foto: CMM/Divulgação
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Da REDAÇÃO

O presidente da Câmara Municipal de Macapá, vereador Pedro DaLua (UBl), cobrou nesta quinta-feira (6) que a prefeitura contrate profissionais de Educação Especial para atender alunos da Escola Municipal Elita Nunes Melo, localizada no bairro Buritizal, na zona sul da capital amapaense. O requerimento, aprovado por unanimidade, revelou que o problema atinge toda a rede municipal. 

De acordo com o parlamentar, a solicitação é uma resposta ao apelo de pais de alunos com necessidades especiais, que denunciam a carência de profissionais qualificados na unidade de ensino.

“A Escola Elita Nunes Melo possui 29 alunos especiais que precisam do Atendimento Educacional Especializado (AEE), mas conta apenas com duas professoras dessa área, Sheila e Maely”, afirmou DaLua.

O vereador destacou que cada profissional do AEE deve atender, no máximo, cinco alunos. No entanto, a realidade na escola é diferente.

“Cada uma dessas professoras está sobrecarregada com praticamente 15 alunos, o triplo do recomendado. Caso não sejam disponibilizados mais professores, apenas uma parte dos estudantes será atendida, deixando muitos sem suporte educacional adequado”, alertou.

Escola no Buritizal tem 1 cuidador para 15 alunos

Falta de cargos prejudica atendimento

Além da demanda por mais professores especializados, Pedro DaLua também cobrou esclarecimentos do secretário municipal de Educação, Madson Milllor, sobre a ausência de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) que inclua os cargos de cuidador e auxiliar educacional na estrutura da rede municipal de ensino.

Segundo o vereador, há um déficit de mais de mil profissionais nessas funções em Macapá, e a solução adotada pela prefeitura tem sido o uso de estagiários de pedagogia.

“Embora tenham boa vontade, esses estagiários não possuem o preparo adequado para a missão, o que compromete a qualidade do atendimento aos alunos especiais”, frisou.

O tema tem gerado intensa mobilização entre pais de alunos de diversas escolas municipais, que cobram uma resposta rápida da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para garantir um atendimento adequado às crianças que necessitam do suporte especializado.

Seles Nafes
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