Professor da Unifap é espancado por policiais militares no Carnaval de Oiapoque

Docente teria provocado os policiais gritando "Viva Lula"
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Por HUMBERTO BAÍA, de Oiapoque

O Carnaval em Oiapoque, cidade localizada a 600 km de Macapá, foi marcado por um episódio de violência que chocou moradores e turistas. Durante as festividades, o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Rafael Costa Santos, foi brutalmente agredido por policiais militares por, supostamente, ter gritado “Viva Lula” em um momento de descontração. O caso, ocorrido na segunda-feira (3) de Carnaval, reacendeu discussões sobre abuso de autoridade e liberdade de expressão.

Testemunhas relatam que o professor passava por um grupo de policiais militares quando proferiu a frase em tom de provocação, o que teria causado a reação desproporcional dos agentes.

Rafael foi espancado com cassetetes e chutes, sofrendo ferimentos graves na cabeça e nas costas. Populares que presenciaram a agressão intervieram e conseguiram impedir que a violência continuasse.

No meio da confusão, Rafael também teve pertences pessoais furtados por populares, incluindo sua bicicleta. O caso foi registrado no Ciosp de Oiapoque, e alunos do professor o acompanharam até o hospital da cidade para garantir que recebesse atendimento médico.

Professor sofreu ferimentos nas costas…

…e na cabeça. Fotos: Reprodução

Brincadeira provocativa

Ao Portal SelesNafes.Com, o professor alegou que tinha brincado da mesma forma com um grupo de bombeiros momentos antes. 

Eu passei por bombeiros e gritei ‘Viva Lula’. Alguns fizeram uma cara até sorridente. Fui a um lugar comprar cerveja e, voltando de lá, passei por policiais e gritei de novo ‘Viva Lula’. Eles me desceram o cacete, arrebentaram a minha cabeça. Alguns moradores me ajudaram para impedir que eles continuassem me batendo, mas um (popular) veio e me agrediu fortemente na cabeça”, relatou o professor.

Nesta terça-feira (4), o professor ficou de voltar ao Ciosp para ser levado ao exame de corpo de delito. Ele acredita que os policiais que o agrediram não são lotados em Oiapoque e estavam na cidade fazendo o reforço da segurança.

A violência contra o docente gerou revolta na comunidade acadêmica e local. Até o momento, a PM e a Unifap não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.

Seles Nafes
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