Por SELES NAFES
O Ministério Público do Ceará recomendou à Polícia Civil a abertura de investigação sobre a possível participação de uma amiga da turista amapaense Ruth Mary da Silva Ribeiro, de 46 anos, no latrocínio ocorrido em julho de 2024, em um hotel de Fortaleza. No crime, o namorado da vítima, um britânico, ficou tetraplégico após ser baleado.
O assalto aconteceu no dia 29 de julho, enquanto o casal fazia o check-out em um hotel na praia do Cumbuco, a 13 km do centro de Fortaleza. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que dois criminosos entraram no estabelecimento e abordaram o casal na recepção.
Os assaltantes exigiram a bolsa de Philip Donald Eric Gray, de 38 anos, namorado da turista. Ele tentou resistir, foi atingido por disparos, mas sobreviveu. Apesar da tentativa de roubo, cerca de R$ 30 mil que o casal transportava não chegou a ser levado.
Até o momento, quatro pessoas foram presas. No entanto, com base no depoimento da filha da vítima, o Ministério Público suspeita que uma amiga de Ruth possa ter repassado informações cruciais ao bando, facilitando a ação criminosa.
De acordo com a investigação, essa amiga teria influenciado o trajeto da vítima e a logística da viagem, favorecendo os assaltantes. Ela foi a última pessoa a falar com Ruth por telefone, apenas sete minutos antes da invasão ao hotel, quando teria ajudado a solicitar um transporte por aplicativo.

Momento do assalto, em 29 de julho de 2024
Ainda reportagem do site cearense O Povo, a suspeita era a única que sabia da quantia em dinheiro que o casal carregava, além da localização exata do hotel. Ela também teria se oferecido para auxiliar nas transações de câmbio e atuar como “guia turística” na cidade. Em outro ponto levantado pela investigação, a amiga teria aconselhado o casal a não manter contato com ninguém na cidade.
Em depoimento, a filha de Ruth relatou que a amiga apresentou comportamento suspeito após o crime: apagou mensagens, desapareceu das redes sociais e evitou qualquer contato com a família da vítima. Por esses indícios, o Ministério Público solicitou a abertura de um inquérito específico para apurar a conduta da suspeita.