Por SELES NAFES
Quem transita pelas diversas vias do município de Santana, a cerca de 17 km de Macapá, já deve ter notado que vários semáforos estão com defeito em cruzamentos importantes. Os problemas, que representam risco de acidentes, vêm sendo registrados há meses, sem previsão de reparos por parte das autoridades responsáveis, neste caso a prefeitura e a STTrans (órgão municipal de gerenciamento do trânsito).
A reclamação partiu de motoristas que trafegam diariamente pela cidade. A falta de manutenção dos equipamentos, somada às constantes oscilações na rede elétrica, são apontadas como causas prováveis dos defeitos. Na esquina da Rua Salvador Diniz com a Avenida Maria Colares, no centro da cidade, o semáforo está inoperante há mais de um mês, segundo relata o taxista George Coutinho.
“Não é de hoje que isso está acontecendo. Fica perigoso porque quem tem a preferencial seria o condutor que transita na Salvador Diniz, mas alguns motoristas não conhecem e acabam avançando. Pior mesmo é à noite, quando fica mais bagunçado ainda”, relata George.
Em 2023, a Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans) iniciou um plano para melhorar a sinalização semafórica em sete pontos da cidade. No entanto, o que era para organizar o trânsito acabou agravando a situação.

Semáforo em que só funciona a luz amarela. Fotos: Caio Lucas Silva

Cruzamentos ficaram ainda mais perigosos
Um dos pontos críticos é a esquina da Avenida Santana com a Rua Everaldo Vasconcelos, no Bairro Paraíso. Ali, o semáforo está com pane há cerca de um mês. Por estar próximo a uma escola municipal, o risco se intensifica nos horários de entrada e saída, quando há grande fluxo de veículos e pedestres — especialmente crianças.
A dona de casa Rita Santos afirma que, antes, deixava o neto ir à escola sozinho, mas com o problema na sinalização, teve que mudar a rotina.
“Até tem faixa de pedestres aqui próximo, mas por causa do semáforo que está com problema, eu fico com medo e não mando mais ele sozinho. Não é falta de confiança, é porque tem o risco, né?”, desabafa Rita.