Por SELES NAFES
O Arquipélago do Bailique, a maior comunidade ribeirinha de Macapá, vive um de seus piores momentos. Acuados pelo fenômeno das Terras Caídas, processo de erosão que está destruindo várias ilhas da região, os moradores também têm enfrentado outro tipo desafio que não está relacionado à natureza, mas ao descaso. A maior parte das passarelas de madeira da Vila Progresso e do Junco está destruída pela falta de manutenção.
O Bailique é um distrito administrado pela prefeitura de Macapá. Mesmo após a migração em massa ocorrida nos últimos dois anos para a capital e para o município de Itaubal, o Bailique ainda possui cerca de 7 mil moradores, segundo estimativa de lideranças locais.
As Terras Caídas já destruíram casas e fizeram os moradores recuarem cada vez mais para dentro da floresta. A falta de emprego e salinização da água pelo Oceano Atlântico são outros problemas que desafiam os moradores a permanecer na região.

Fotos tiradas no último dia 10

Moradores têm improvisado para continuar se locomovendo

…mas o risco de acidente é enorme
Como se não bastasse, fotos tiradas na última quinta-feira (10), pela equipe do vereador Banha Lobato (UB), mostram um cenário desolador causado pelas passarelas apodrecidas, o único meio de se locomover dentro das vilas. Algumas não resistiram e já desabaram.
Banha Lobato disse que vai intensificar, na semana que vem, os apelos para que a prefeitura de Macapá volte a investir no Bailique.
“A gente já fez várias indicações para a prefeitura, mas ainda não tivemos resposta. Esse problema é generalizado”, explica o parlamentar.

Comunidade do Junco

“Situação é generalizada”, diz vereador Banha Lobato