Da REDAÇÃO
A Polícia Civil do Amapá concluiu que um homem de 22 anos, em situação de rua, foi vítima de tortura após ser falsamente acusado de furto no Centro de Macapá. As investigações apontam que ele não cometeu nenhum crime e foi submetido a agressões físicas e humilhações por diversas pessoas, incluindo vigilantes, que o algemaram e o transportaram na garupa de uma moto até a frente de um comércio, onde ocorreu a violência.
O caso aconteceu no dia 18 de maio e foi investigado pelo CIOSP Pacoval. De acordo com o delegado Eduardo Ribeiro, a vítima permaneceu por cerca de uma hora sendo brutalmente agredida, inclusive na cabeça, mesmo após estar imobilizada. Câmeras de segurança registraram parte das agressões.
Ao todo, seis pessoas foram indiciadas pelo crime de tortura. Uma sétima foi indiciada por denunciação caluniosa, após afirmar à Polícia Militar que teria flagrado o furto e apresentar objetos como se fossem produtos do crime — versão que não se confirmou durante a apuração. A prisão em flagrante do homem não foi homologada.
“As ações foram tratadas com base no devido processo legal e no respeito à dignidade da pessoa humana. O papel da Polícia Civil é garantir que a Justiça seja feita com responsabilidade e legalidade”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
O inquérito policial foi concluído e já foi encaminhado ao Poder Judiciário. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.