Da REDAÇÃO
Após o protesto realizado em frente ao Palácio do Setentrião, ontem (8), por familiares das sete pessoas mortas em uma ação da Polícia Militar no último domingo (4), representantes da cúpula do Governo do Amapá receberam parentes das vítimas, na sede central do poder executivo. Na ocasião, o encontro foi conduzido pelo governador em exercício, Teles Júnior, que ouviu os relatos das famílias e garantiu apoio institucional.
O caso ocorreu no bairro do Pantanal, zona norte da capital, quando policiais militares atiraram contra um carro ocupado por sete homens. A PM afirma que a ação foi motivada por uma denúncia de tráfico de drogas e que houve troca de tiros. Entretanto, familiares e testemunhas contestam essa versão, alegando que as vítimas retornavam de uma partida de futebol.
Entre os mortos, está Wendel Cristian, jogador de futebol de 21 anos, que, segundo familiares, não possuía antecedentes criminais e voltava para casa após um jogo, na companhia de outros jogadores do time.
Durante o encontro com o governo, foi informado que as secretarias de Assistência Social (Seas) e dos Direitos Humanos (Sedih) já iniciaram o acompanhamento das famílias desde o dia do ocorrido e ampliarão as ações de apoio. Além disso, nesta sexta-feira (9), as famílias foram atendidas pela Defensoria Pública do Estado para acesso ao acompanhamento jurídico necessário.

Na ocasião, o encontro foi conduzido pelo governador em exercício, Teles Júnior, que ouviu os relatos das famílias e garantiu apoio institucional. Foto: Ascom/GEA
O governo reafirmou que a política de combate às facções é orientada dentro dos marcos legais e da transparência em todos os procedimentos. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os fatos, e os agentes envolvidos foram afastados.
Também participaram do encontro os secretários Lucas Abrahão (Casa Civil), Aline Gurgel (Assistência Social), Richard Madureira (Direitos Humanos), o defensor público-geral José Rodrigues Neto e o advogado Helandro Aranha, representando a OAB-AP.
O caso segue sendo investigado, e o governo do Amapá afirma que tomará todas as medidas cabíveis caso sejam identificados excessos ou uso desproporcional da força por parte dos policiais envolvidos.