Macapá vive agonia permanente do transporte público

Apenas duas empresas atendem toda a capital com uma frota que não supre a demanda da população
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Da REDAÇÃO

Para quem observa o vai e vem de ônibus na Avenida FAB, no Centro de Macapá, a impressão inicial é de que a capital conta com um sistema de transporte público bem estruturado. No entanto, um olhar mais atento revela uma realidade preocupante: a maioria dos veículos pertence à mesma empresa, a Nova Macapá, e ainda assim em quantidade muito abaixo da necessidade.

Atualmente, estima-se que seriam necessários pelo menos 150 ônibus em circulação para atender minimamente a demanda da cidade. No entanto, menos de 100 estão efetivamente operando. A situação se agrava com o estado precário da frota, composta majoritariamente por veículos com mais de 5 anos de uso.

Além da Nova Macapá — que foi trazida de Manaus (AM) com fortes incentivos públicos — apenas outra empresa atua no sistema: a Expresso Marco Zero. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, essa empresa enfrenta dificuldades financeiras graves e corre o risco de encerrar as atividades.

Apesar de a tarifa não sofrer reajuste há três anos, a prefeitura de Macapá não sofre pressão das empresas porque tem garantido o pagamento em dia de um subsídio no valor de R$ 1,20 por passageiro. Por outro lado, não há qualquer sinalização de licitação para novas empresas ou investimentos em renovação da frota e valorização dos profissionais do setor.

Entrevista: Seles Nafes
Imagens: Caio Lucas Nunes da Silva
Edição: Antônio Batista Júnior

Seles Nafes
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