Por OLHO DE BOTO
Um militar do Corpo de Bombeiros do Amapá está sendo investigado por agredir a esposa durante uma briga na residência do casal, no bairro Alvorada, zona oeste de Macapá, na madrugada desta quarta-feira (29). O caso ainda está envolto em mistério e chegou a ser tratado nas redes sociais como uma tentativa de feminicídio, com fotos vazadas que mostravam a vítima deitada no chão com muito sangue espalhado. Até a Corregedoria da corporação instaurou procedimento disciplinar para apurar os fatos e se pronunciou publicamente.
O Portal SelesNafes.Com apurou no local do crime, com fontes da investigação, que até o fim da manhã a Polícia Civil ainda não havia sido acionada formalmente sobre o caso, e a vítima, segundo relatos, recebeu alta médica e não foi mais localizada. O acusado ainda não foi preso e nem há informações sobre como o crime teria ocorrido. A reportagem apurou que num dos cômodos da residência há sinais de luta, e a vítima foi atendida no HE com um ferimento na cabeça.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, assim que a corporação foi informada sobre a ocorrência, uma equipe de plantão foi mobilizada para prestar os primeiros socorros à vítima, que foi levada ao HE. O CBM divulgou uma nota onde “repudia, de modo veemente, qualquer ato de violência, especialmente aqueles que atentam contra a dignidade das mulheres”.

Polícia Civil conversa com equipe que prestou socorro à vítima. Fotos: Olho de Boto/SN
A instituição também reforçou que comportamentos que contrariem os princípios da hierarquia, disciplina, ética e respeito aos direitos humanos não serão tolerados. Segundo a nota, a depender do resultado da investigação interna, o militar poderá ser responsabilizado, inclusive com a possibilidade de exclusão definitiva das fileiras da corporação. A identidade do acusado ainda não foi divulgada.
Sem queixa
Até o momento, a vítima não procurou formalmente a polícia para registrar ocorrência, mas policiais foram até a residência iniciar o levantamento de informações.
Até as 15h, a Polícia Científica permanecia no imóvel realizando a perícia na cena do crime, enquanto uma equipe da Delegacia de Crimes Contra a Mulher realizava os primeiros levantamentos, ouvindo vizinhos e moradores da área.
A delegada Marina Guimarães, que acompanha pessoalmente as diligências, informou que pretende também ouvir os militares que atuaram no atendimento da ocorrência.