Jornalista em remissão de câncer perde viagem médica após voo cancelado; passageiros dormem no chão

Episódio com a Companhia Azul ocorreu no Aeroporto Internacional de Macapá.
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Por RODRIGO DIAS

O que seria o início de uma viagem crucial transformou-se em uma madrugada de angústia para dezenas de passageiros no Aeroporto Internacional de Macapá, nesta quarta-feira (25).

Um voo da Azul Linhas Aéreas com destino a Belém, de onde haveria conexões, foi cancelado momentos antes da decolagem, comprometendo os planos de muitos — entre eles, o da jornalista e paciente oncológica Maríleia Maciel, que seguia para consultas médicas em Natal.

Muitos dormiram …

… no chão do aeroporto …

… inclusive crianças.

A aeronave, prevista para decolar às 4h, já estava com todos os passageiros a bordo quando foi anunciado um atraso por conta de problema em um dos pneus. Às 4h30, todos foram orientados a desembarcar, retirar as bagagens e aguardar informações no setor de check-in.

Muitos dormiram no chão do aeroporto, inclusive crianças.

“Às 5h, apenas uma funcionária apareceu para dizer que deveríamos esperar por orientações da direção da Azul”, relatou Maríleia, visivelmente exausta.

O caso da jornalista é ainda mais delicado. Ela tinha conexões de Belém para Recife, às 6h15, e de lá para Natal, às 13h50. A primeira consulta, marcada há três meses, era às 7h45 desta quinta-feira (26), na Liga Riograndense Contra o Câncer, com uma série de atendimentos especializados ao longo do dia.

“Ninguém vai se responsabilizar por isso”, desabafou Maríleia, temendo perder compromissos essenciais para o tratamento de saúde.

Ela também criticou a falha técnica: “Problema no pneu de um carro, que depende 100% disso para rodar, pode ser prevenido. No avião não pode?”, questionou, cobrando manutenções preventivas para evitar transtornos.

“É uma irresponsabilidade enorme. Estávamos todos acomodados dentro do avião e fomos retirados por causa de um pneu. Isso deveria ter sido verificado antes”, completou.

Passageiros sofreram …

… com a espera por respostas …

… principalmente as …

… crianças

Além do desgaste emocional e do risco de perder consultas importantes, Maríleia criticou os horários inviáveis dos voos partindo de Macapá.

“Nesse horário absurdo, passamos a madrugada acordados ou temos que levantar às 2h da manhã para embarcar. Mesmo morando perto do aeroporto, é um sacrifício enorme”, pontuou.

Até o momento, segundo ela, a companhia não ofereceu sequer água aos passageiros. A nova previsão de embarque é para as 15h30 desta quarta-feira.

Seles Nafes
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