O Amapá em Bonn, Alemanha: liderança amazônica rumo à COP30

Com base científica, diálogo com povos tradicionais e foco em inovação, estado se destaca em meio à crise global de confiança nas negociações climáticas
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Por GUTEMBERG DE VILHENA SILVA

A participação do Amapá na 62ª Sessão dos Órgãos Subsidiários da Convenção do Clima da ONU (SB62), realizada em Bonn, Alemanha, marcou um divisor de águas na forma como o estado se posiciona diante das negociações climáticas internacionais.

Em um cenário geopolítico tenso, permeado por retrocessos no multilateralismo e pela crise de confiança entre as partes, o Amapá se destacou ao apresentar uma proposta concreta de implementação climática com base territorial, jurídica e científica. Diferentemente de estados que ainda operam no plano retórico, o Amapá demonstrou que há, sim, um modelo amazônico de desenvolvimento possível, baseado na integridade ambiental, na inclusão social e na inovação tecnológica.

Articulação diplomática com foco na justiça climática e no desenvolvimento sustentável. Fotos: divulgação

Sob a liderança do governador Clécio Luís, o estado tem avançado na consolidação de marcos estruturantes como o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e o novo Código Socioambiental do estado. Mas o diferencial político está na forma como essas ferramentas são articuladas com a diplomacia internacional, com os povos tradicionais e com os mecanismos de financiamento climático.

Em Bonn, o Amapá não foi coadjuvante. Foi protagonista. Apresentou-se como território pronto para atrair investimentos verdes e como modelo replicável de justiça climática em escala subnacional.

Gutemberg Silva: propostas concretas e integradas para a transição ecológica na Amazônia.

Esse protagonismo não se deu por acaso. Reflete uma estratégia liderada por Clécio Luís de posicionar o Amapá não como periferia da Amazônia, mas como centro articulador de soluções reais para a transição ecológica. O que está em jogo na COP30 não é apenas a preservação da floresta — mas a capacidade de transformar conservação em soberania econômica, qualidade de vida e protagonismo político.

Bonn foi o ponto de partida de um reposicionamento histórico: o Amapá deixa de ser observado e passa a ser referência.

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