Pedófilo abusou por anos da filha e depois da neta: ‘nosso segredinho’

A Dercca realizou duas prisões em casos distintos que chocam e reforçam importância das denúncias e da proteção às vítimas
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Por SELES NAFES

Policiais civis do Amapá não param de se surprender com a quantidade de crime sexuais envolvendo menores, especialmente por parentes ou pessoas próximas. Esta semana, a Polícia Civil capturou dois acusados durante o cumprimento de mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, após investigações da Delegacia de Repressão a Crimes contra Crianças e Adolescentes (Dercca).

O primeiro caso envolve um homem de 24 anos, investigado por abusar sexualmente de duas sobrinhas desde que elas tinham 9 anos de idade. Segundo a as investigações, os abusos ocorriam quando os pais das meninas precisavam sair de casa.

O acusado também responde a outro processo por estupro de vulnerável contra uma criança da vizinhança, fato ocorrido em 2024 no Conjunto Miracema. Preso, se manteve em silêncio durante o interrogatório.

Predadores sexuais tentam isolar a vítima para que ela não os denuncie. Incutem medo e culpa na criança, criam dependência emocional e dizem para não contar para ninguém. Isso é estratégia para garantir sua impunidade e continuar nas práticas desses abusos, fazendo cada vez mais vítimas, sem que seja descoberto“, explica a titular da Dercca, delegada Katiuscia Pinheiro. 

Homem de 24 anos já responde por outro crime sexual no residencial Miracema

Avô, mãe e neta

A segunda prisão ocorreu no mesmo dia envolvendo um homem de 62 anos, acusado de abusar sexualmente da própria neta, uma criança de apenas 7 anos. A denúncia partiu da própria vítima e foi confirmada em depoimento pela mãe da criança, que também revelou ter sido vítima dos mesmos abusos pelo pai quando era criança.

A mãe da criança relatou que contra ela os crimes começaram quando ela tinha apenas 4 anos e se estenderam até os 10, período em que a mãe dela se ausentava para trabalhar. A mulher também relatou que outros familiares teriam sido vítimas do acusado, e que nunca relatou para a sua mãe sobre os abusos porque tinha medo que ela tivesse complicações cardíacas.

Ela recordou que aos 7 anos de idade seu pai pedia para ela levar uma coleguinha para que ele pudesse fazer o mesmo, mas ela preferiu se afastar das amigas a fazer o que o pai pedia.

“Já a criança narrou para a psicóloga que o avô dizia para ela que não era para contar para ninguém, que ele dizia para ela: ‘é nosso segredinho‘, explica a delegada.

Preso, o idoso não negou os fatos, mas alegou problemas de alcoolismo e disse não lembrar do que possa ter feito.

Seles Nafes
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