Rodoviários dão ultimato a empresas de ônibus e marcam greve geral

Categoria promete parar no dia 4 de agosto caso empresários não apresentem proposta de reajuste
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Por SELES NAFES

Trabalhadores das empresas de transporte coletivo de Macapá e Santana decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do próximo dia 4 de agosto. A data foi escolhida estrategicamente para coincidir com o fim do período de férias escolares, quando o movimento de passageiros volta a crescer.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Amapá (Sincotrap), Max Délis, as empresas seguem sem apresentar qualquer proposta de reajuste salarial ou melhoria nas condições de trabalho.

Os trabalhadores não vão ficar reféns de empresários que não estão ligando para os trabalhadores e nem para a população”, afirmou o sindicalista.

Infelizmente, não há outro jeito. Estamos com apenas 80 ônibus rodando, e o sindicato vai garantir o mínimo de 20% da frota, como determina a legislação”, completou.

O sindicato reivindica um reajuste salarial de 8,26%, além de cesta básica no valor de R$ 850, participação nos lucros, adicional de assiduidade, auxílio-creche de R$ 350, vale-gás de R$ 100 e o retorno dos cobradores, medida que o sindicato considera de responsabilidade do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB).

Nova Macapá detém 80% das linhas de ônibus. Foto: Iago Fonseca/SN

Para a Nova Macapá, empresa que atualmente detém 80% das linhas de ônibus da capital, o sindicato propõe a manutenção dos 5,2% de reajuste salarial e no vale-refeição, pagamento de horas extras, e um adicional de R$ 30 para os motoristas que acumulam as funções de dirigir e cobrar passagem, entre outras medidas.

Atualmente, o sistema de transporte coletivo dos dois municípios conta com cerca de 1,2 mil trabalhadores, incluindo motoristas (350), mecânicos e pessoal administrativo.

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