Da REDAÇÃO
O advogado Osny Brito e a mãe dele foram liberados pela Polícia Civil do Amapá após prestarem depoimento, na tarde desta quinta-feira (31), durante uma ação policial que resultou na prisão de Gustavo Cristian da Silva Oliveira, de 23 anos, acusado de aplicar uma série de golpes no município de Santana.
O jovem, que é cliente do advogado, era considerado foragido da Justiça por ser alvo de pelo menos 6 inquéritos policiais por estelionato na cidade onde mora e cresceu, Santana, a 17 km de Macapá. Segundo as denúncias, ele se passava por corretor de veículos e intermediava supostas revendas. Em um dos casos, uma vítima teria transferido R$ 17 mil por um carro que nunca foi entregue, e nem teve o valor devolvido.
Inicialmente, a polícia informou que prendeu Gustavo na casa da mãe do seu advogado. Entretanto, Osny Brito, que conversou com a reportagem do Portal SelesNafes.Com logo após sair da delegacia, alegou que Gustavo foi encontrado no seu escritório, localizado na frente da casa da mãe do advogado, no Bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá.

Gustavo Cristian é investigado em pelo menos seis inquéritos por estelionato em Santana
A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada de Capturas e Combate à Corrupção (DECCP) de Santana, com apoio da Draco e do setor de Inteligência da Polícia Civil. As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado Danilo D’Ávila. Segundo ele, o advogado e a mãe serão investigados por possível favorecimento pessoal – a suspeita é que eles estivessem dando abrigo e favorecendo um homem considerado foragido da justiça amapaense.
Até o fim da tarde, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não havia se manifestado oficialmente sobre o caso, mas integrantes da Comissão de Prerrogativas da entidade estiveram na delegacia e acompanharam os desdobramentos da ocorrência até Osny ser liberado.
O advogado afirmou ao Portal SN que não foi preso.

Momento da prisão de Gustavo Cristian na propriedade da mãe do advogado
“Em nenhum momento ele estava escondido aqui na minha casa. Tenho um escritório particular na frente da residência, e foi ali que ele estava, após ser atendido. Ele aguardava transporte para ir embora quando a polícia chegou. Cooperamos imediatamente, e ele se apresentou. Eu o acompanhei como advogado, prestei os esclarecimentos e não fui autuado em nada, nem detido”, afirmou.
Ainda segundo o advogado, a defesa de Gustavo já havia protocolado um pedido de prisão domiciliar junto à Justiça e aguardava decisão judicial para apresentá-lo formalmente. Ele também alegou que o cliente estava sofrendo ameaças e temia pela própria vida.