Da REDAÇÃO
Um celular escondido foi a arma que uma mãe usou para desmascarar anos de violência sexual contra a filha, então com apenas 11 anos. As imagens, capturadas quando ela suspeitou do comportamento estranho da menina, registraram os abusos cometidos pelo próprio padrasto – revelando um crime que se arrastou por três longos anos.
Nesta quinta-feira (31), a Polícia Civil do Amapá prendeu o acusado, de 53 anos, condenado a 18 anos de prisão por estupro de vulnerável. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades.
Os abusos começaram em 2018, quando a criança tinha 11 anos, e só terminaram em 2021, quando a mãe decidiu agir, assim que percebeu mudanças no comportamento da filha. Ao deixar o celular posicionado estrategicamente, conseguiu registrar as agressões e, com as provas em mãos, procurou a 8ª Delegacia de Polícia da Capital (8ª DPC).
As filmagens foram decisivas para a investigação, conforme explicou o delegado Alan Moutinho, titular da unidade.
“A coragem da mãe em buscar a verdade foi essencial. A vítima foi ouvida, exames periciais confirmaram os abusos e, mesmo com a negação do acusado, as provas audiovisuais deixaram claro o crime”.
O suspeito, que vivia com a família no Conjunto Habitacional Macapaba, foi preso e, após audiência de custódia, encaminhado ao Iapen para cumprir a sentença.
Moutinho destacou que casos como esse destacam a importância de ficar atento a sinais de violência sexual contra menores – como mudanças bruscas de comportamento, medo de certas pessoas ou conhecimento inadequado para a idade.
“Provas podem ser cruciais para interromper ciclos de violência”, reforçou o delegado.