Da REDAÇÃO
O Ministério Público do Amapá voltou a cobrar da Prefeitura de Macapá medidas urgentes para normalizar o fornecimento de medicamentos e garantir a presença de farmacêuticos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.
A situação crítica foi tema de uma reunião nesta semana, no Complexo Cidadão da Zona Norte, entre os promotores de Defesa da Saúde, Fábia Nilci e Wueber Penafort, e representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), do Conselho Estadual de Saúde (CES), do Ministério da Saúde (MS) e da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF).
A promotora Fábia Nilci apresentou um panorama da atuação do MP nos últimos anos, destacando que o órgão cobra, há mais de quatro anos, ações efetivas para resolver os problemas de abastecimento e assegurar que todas as UBSs tenham farmacêuticos.
“É preciso planejamento baseado na demanda e cumprimento de acordos por parte dos fornecedores. Iremos reunir com a Procuradoria do Município para tentarmos, novamente, resolver estas questões”, afirmou.
Durante a reunião, a coordenadora da CAF, Nathália Piedade, apontou dois fatores principais para o desabastecimento: a sobrecarga no atendimento causada pela procura de pacientes das ilhas do Pará e o descumprimento de prazos por parte dos fornecedores, que não entregam os medicamentos nas quantidades solicitadas.
Um dos exemplos mais graves envolve a Losartana, remédio usado no controle da hipertensão, insuficiência cardíaca e proteção renal de pacientes diabéticos. Segundo Nathália, a demanda de Macapá é de cerca de 500 mil comprimidos, mas a última remessa trouxe apenas 70 mil unidades.
A subsecretária da Semsa, Alessandra Coelho, reconheceu os problemas enfrentados pela gestão e disse que a secretaria está trabalhando para encontrar soluções. O MP-AP reforçou que diversas reuniões, audiências e procedimentos já foram realizados, e que a prioridade é assegurar atendimento digno aos usuários do SUS.