Por OLHO DE BOTO
O policial penal Estevam Carvalho Trindade Júnior, executado a tiros na tarde de quinta-feira (17) em Santana, possuía conduta ilibada e comportamento exemplar dentro da instituição, segundo o delegado Estéfano Santos, chefe da Divisão de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO), responsável pela investigação do caso.
“Conversei com colegas de trabalho que destacaram o respeito que ele tinha dentro da instituição. Não há qualquer evidência que relacione a vítima a ações ilícitas. Ele possuía uma conduta irrepreensível”, afirmou o delegado, que trata o crime como uma execução planejada.

Momento em que o assassino chega na oficina da vítima. Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Estevam foi surpreendido enquanto trabalhava em uma oficina de sua propriedade. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem se aproximou em uma bicicleta, usando camisa de manga longa com capuz, e efetuou disparos pelas costas, sem dar qualquer chance de reação à vítima, que estava desarmada.
De acordo com as investigações, mesmo ferido, o policial penal tentou fugir, mas foi atingido por novos disparos. Um funcionário da oficina também foi baleado. O criminoso fugiu e, até o fechamento desta reportagem, ainda não havia sido localizado.
“O agressor não se identificou, não falou nada. Apenas chegou e atirou. Foi uma ação covarde. Estimamos que pelo menos cinco tiros foram disparados, com possibilidade de três ou quatro terem atingido a vítima. A perícia técnica vai confirmar a quantidade exata”, explicou o delegado.

Delegado Estéfano Santos está à frente das investigações
A Polícia Militar isolou a área logo após o crime. Equipes do Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Polícia Civil realizam buscas na região. As imagens de videomonitoramento estão sendo analisadas para rastrear a rota de fuga do atirador.
A DRACO investiga a hipótese de envolvimento de organizações criminosas e não descarta a possibilidade de que o crime tenha sido encomendado.

A vítima foi identificada sendo Estevam Carvalho Trindade Júnior
“Estamos tratando como execução, e há indícios de planejamento. A vítima não teve qualquer oportunidade de defesa. Há também a possibilidade de que ordens tenham partido de dentro do sistema prisional”, disse Estéfano.
A polícia reforça que todas as forças de segurança em Santana estão mobilizadas para identificar e prender o responsável. O caso segue sob investigação.