Servidor usou perfil falso para conseguir fotos íntimas e chantagear adolescente

A Polícia Civil do Amapá cumpre mandado e investiga suspeito por abuso sexual virtual; vítima tinha 15 anos.
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Da REDAÇÃO

Um servidor público de 45 anos, foi alvo de uma ação da Polícia Civil do Amapá, nesta última sexta-feira (4), suspeito de se passar por adolescente em redes sociais para convencer uma jovem de 15 anos a enviar fotos íntimas e depois coagi-la.

O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (DERCCA), que cumpriu um mandado de busca e apreensão contra o acusado. As autoridades não informaram o nome do suspeito.

De acordo com a delegada adjunta da DERCCA, Katiúscia Pinheiro, o homem utilizava um perfil falso para estabelecer contato com a vítima, ganhando sua confiança antes de exigir imagens pornográficas. Quando a adolescente resistiu, ele teria ameaçado vazar fotos íntimas dela nas redes sociais.

Durante a ação policial, foram apreendidos celulares, computador e notebook, que serão analisados pela Polícia Científica. O objetivo é identificar se há mais conteúdo envolvendo menores e se existem outras vítimas. A delegada reforçou que a autoria do crime já está confirmada, mas o inquérito segue em andamento, com possibilidade de novas descobertas.

Durante a ação policial, foram apreendidos celulares, computador e notebook

Abuso sexual virtual

O caso serve de alerta para um tipo de crime que tem crescido no ambiente digital. Segundo a delegada, criminosos costumam fingir ser adolescentes em redes sociais, jogos online e aplicativos de mensagem.

“Eles também criam vínculos emocionais para depois pressionar a vítima a enviar fotos íntimas, e chantageiam com ameaças de exposição, podendo até marcar encontros presenciais”, alertou a delegada.

Ela também deu dicas de como proteger crianças e adolescentes.

“A polícia orienta que pais e responsáveis acompanhem o uso da internet por crianças e adolescentes. Que utilizem aplicativos de controle parental, mas sem deixar de manter um diálogo aberto. E que fiquem atentos a sinais como isolamento, medo, uso excessivo ou rejeição repentina ao celular”.

Katiúscia Pinheiro reforçou que a proteção de menores é responsabilidade de todos e que denúncias podem ser feitas: presencialmente, em qualquer delegacia, pela internet, via delegacia virtual, e pelo disque 100, que aceita registros anônimos.

Seles Nafes
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