Da REDAÇÃO
Mesmo após a perícia da Polícia Científica não encontrar sinais de agressão em uma das servidoras que alegavam ter sido atacadas por jornalistas, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), afirmou que sua reação durante a confusão de domingo (17) ocorreu para defender as assessoras. A declaração foi dada nesta segunda-feira (18), em vídeo publicado nas redes sociais, no qual o gestor pediu desculpas à sociedade e à imprensa.
Furlan disse ter se “excedido” ao presenciar, segundo ele, agressões a servidoras durante a visita às obras do Hospital da Zona Norte, no bairro Jardim Felicidade. Ele também afirmou manter respeito pela imprensa, mas aproveitou para criticar adversários políticos, acusando-os de disseminar ataques e fake news contra sua gestão.

Sequência das agressões
O episódio que motivou o pedido de desculpas começou quando o repórter Heverson Castro questionou o prefeito sobre suposto atraso no cronograma do hospital. Imagens gravadas por celular mostram o momento em que Furlan se recusa a responder, aplica uma gravata em Iran Fróes, colega de Heverson, tentando retirá-lo à força do local.
As gravações também registram os jornalistas sendo imobilizados por assessores antes de serem entregues à Guarda Civil Municipal, que os conduziu ao Ciosp do Pacoval. Lá, apareceram duas assessoras do prefeito, alegando terem sido agredidas, o que levou o caso à Delegacia de Crimes Contra a Mulher. No entanto, apenas uma delas passou por exame de corpo de delito, que teve resultado negativo. Com isso, os comunicadores foram liberados após mais de seis horas detidos.

Repórter sendo preso pela Guarda Municipal
Apesar de não ter registrado ocorrência, Furlan havia divulgado nota ainda no domingo afirmando que teria sido agredido, versão contestada pelas imagens que circularam nas redes sociais.