PF investiga tráfico e cemitério clandestino em ex-comunidade terapêutica contra drogas

Comunidade fica na zona rural do município de Porto Grande, a cerca de 73 km de Macapá.
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Da REDAÇÃO

A antiga Comunidade Terapêutica Monte Tabor, que já foi referência no tratamento de dependentes químicos no Amapá, virou alvo de investigações da Polícia Federal por tráfico de drogas, posse ilegal de armas e suspeita de abrigar um cemitério clandestino.

Segundo a PF, denúncias anônimas indicaram que integrantes de uma facção passaram a utilizar o local como base para atividades criminosas.

Comunidade terapêutica foi fundada nos anos 1990

Foi a partir dessas informações que a Polícia Federal, com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Corpo de Bombeiros Militar, foi até o local, nesta quarta-feira (13), para cumprir mandados de busca e apreensão. A ação policial, chamada de Operação Monte Tabor, se estendeu, ainda, ao Assentamento do Munguba, também em Porto Grande.

A Assessoria de Comunicação da PF divulgou imagens dos agentes vasculhando imóveis na ex-comunidade terapêutica. Contudo, até o horário desta publicação, não informou o que teria sido apreendido.

Polícias cumpriram mandados de busca e apreensão no local. Foto: Ascom/PF

Comunidade vive de atividades do setor primário, como agricultura e psicultura

O Monte Tabor, localizado na zona rural de Porto Grande, a cerca de 73 km de Macapá, foi fundada pelo psicólogo e ex-vereador de Macapá, Tom Sobral, que faleceu em 2019, aos 68 anos, vítima de complicações pulmonares.

Idealizada como espaço de recuperação e reinserção social de dependentes, a comunidade oferecia moradia e oportunidades de trabalho agrícola. Antes de morrer, Tom autorizou que pessoas em tratamento construíssem casas no local e levassem suas famílias para viver da produção rural.

Tom Sobral, fundador da comunidade terapêutica. Fotos: Arquivo Pessoal

Após sua morte, o projeto não teve continuidade e, atualmente, cerca de 500 famílias permanecem na área, que é alvo de um litígio judicial com o herdeiro do terreno. O impasse começou quando os moradores tentaram expandir a ocupação para outras partes da propriedade.

Seles Nafes
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