Presidente da Câmara sobre agressão a jornalistas: ‘população tem o direito de saber’

Pedro Dalua (União) repudiou a violência de Furlan e defendeu liberdade de imprensa
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Por SELES NAFES

O presidente da Câmara Municipal de Macapá, vereador Pedro da Lua (PSD), se manifestou neste domingo (17) sobre a agressão sofrida por jornalistas durante a visita do prefeito Antônio Furlan (MDB) à obra do Hospital Municipal da Zona Norte. O episódio, amplamente registrado em vídeo e testemunhado por populares, envolveu o comunicador Heverson Castro e sua equipe, que relataram ter sido vítimas de violência física e verbal praticada pelo prefeito e agentes da Guarda Civil Municipal.

Imagens mostram que os profissionais tentavam questionar o gestor sobre supostos atrasos na construção da unidade quando foram impedidos de registrar a cena, sofreram agressões e acabaram conduzidos ao Ciosp como suspeitos de crime, embora apenas estivessem cumprindo o exercício legítimo da atividade jornalística. No vídeo, é possível ver o prefeito agarrando um cinegrafista pelo pescoço e tirando-o de dentro da obra. A versão da prefeitura é que Furlan teria sido agredido, mas as imagens mostram o contrário.

Em nota, Pedro da Lua classificou o ato como “um ataque frontal à democracia e ao direito constitucional à informação”, ressaltando que o jornalismo livre é um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Furlan agride integrante da equipe

…e repórter acabou preso

“A sociedade amapaense acompanhou com perplexidade e indignação a violência contra jornalistas em pleno exercício de sua função. Atentar contra a imprensa é atentar contra a própria população, que tem o direito de ser informada com liberdade e responsabilidade”, declarou o presidente da Câmara.

O parlamentar reforçou solidariedade irrestrita ao jornalista Heverson Castro e a todos os comunicadores que atuam na linha de frente da informação. Ele também repudiou o que classificou como abuso de autoridade por parte dos agentes envolvidos e defendeu que as instituições competentes apurem com rigor o episódio.

“A Câmara de Macapá não se calará diante de qualquer tentativa de silenciar a imprensa. Toda forma de intimidação e violência contra jornalistas merece repúdio e punição exemplar”, concluiu Pedro da Lua.

O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e em entidades ligadas à comunicação, que também se manifestaram em defesa da liberdade de imprensa e contra o uso de violência por autoridades públicas.

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