Após dar à luz mesmo intubada, mãe vê luta da filha para sobreviver na UTI

O bebê nasceu no dia 11 de setembro, pesando apenas 780 gramas. Frágil, segue recebendo cuidados intensivos de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.
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Da REDAÇÃO

Após sobreviver à experiência inédita de dar à luz mesmo intubada e sedada por conta de uma grave infecção, a jovem Michelly Santos, de 23 anos, acompanha agora a luta da filha prematura para sobreviver na UTI neonatal. O parto, visto pela equipe médica como uma sequência de milagres, transformou a paciente em símbolo de força e esperança no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá.

Michelly estava com 25 semanas de gestação quando deu entrada, na primeira quinzena de setembro, na maternidade, apresentando um quadro grave de infecção urinária. O estado de saúde se agravou rapidamente, levando à intubação e sedação. Diante do risco para a mãe e para o bebê, os profissionais optaram por induzir o parto normal. Mesmo inconsciente, ela reagiu instintivamente ao procedimento, surpreendendo a equipe.

Michelly no dia da alta: o primeiro milagre. Fotos: Ascom/GEA

O bebê nasceu no dia 11 de setembro, pesando apenas 780 gramas. Frágil, segue recebendo cuidados intensivos de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.

“Estávamos diante de uma mãe inconsciente, que surpreendentemente reagiu a cada passo de um parto normal, e de um bebê que surpreendeu a todos pela força. Isso renovou nossas esperanças”, relatou a enfermeira Mariveth Ribeiro, que acompanhou todo o processo.

Michelly toca a pequena Aysha com fé na recuperação

Michelly recebeu alta e ganhou uma carta emocionante assinada pelos profissionais que a acompanharam na internação

Após 15 dias de internação, Michelly apresentou uma recuperação considerada espetacular pela equipe. No dia 21, recebeu alta humanizada e ganhou uma carta emocionante assinada pelos profissionais que a acompanharam na internação. O documento foi emoldurado para que ela guarde como lembrança do episódio.

“Eu não lembro muito bem como aconteceu, sei dos relatos que a minha mãe e meu marido contaram, falando de todo o cuidado que a equipe teve comigo. Foi um milagre, eles oraram bastante, eu consegui e agora vou esperar a minha filha ganhar peso. Esse momento só Deus explica”, disse a jovem mãe.

Michelly e a enfermeira Mariveth Ribeiro, que acompanhou todo o processo

Pequena Aysha luta pela vida na UTI da maternidade

Michelly é casada com Lucas Daivison, de 21 anos, e mora com a família no Bairro Congós, na zona sul de Macapá. O casal já tem uma filha de 3 anos e acompanha diariamente a bebê na UTI neonatal.

Assim que receber alta, a menina será registrada como Aysha, nome de origem árabe, que significa “cheia de vida” – escolha feita antes do nascimento e que ganhou ainda mais significado após a experiência.

Michelly e o esposo, Lucas Daivison

“Minha rotina vai ser acompanhar minha pequena Aysha, aproveitar cada segundo que posso ter com ela, agradecer a cada dia por estar viva e continuar dando amor para minhas duas filhas. A equipe do hospital me acolheu, eu só agradeço a Deus e ao hospital”, finalizou Michelly. A luta da pequena Aysha segue. (Com informações da Agência Amapá)

Seles Nafes
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