Dalua registra BO contra Luana após gravação clandestina e diz que áudio foi manipulado

O presidente da Câmara afirma ter sido vítima de constrangimento ilegal e pede apuração da responsabilidade da colega.
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Da REDAÇÃO

O presidente da Câmara Municipal de Macapá, vereador Pedro Dalua (União Brasil), registrou um boletim de ocorrência contra a colega de partido, vereadora Luana Serrão, acusando-a de gravar clandestinamente uma conversa privada e divulgar trechos “editados” em redes sociais e sites de notícias. Segundo ele, o áudio foi manipulado para constrangê-lo politicamente e manchar sua imagem.

De acordo com a ocorrência, o diálogo aconteceu há mais de três meses, no gabinete da presidência, durante uma conversa reservada sobre questões políticas. Dalua afirma que a gravação foi feita sem o seu consentimento, teve conteúdo editado e foi publicada em grupos de WhatsApp, no Instagram e até em uma matéria do portal Bambam News, conhecido pela divulgação de informações falsas.

Presidente classificou o episódio como “traição política”

Nesta semana, no plenário da Câmara, o presidente classificou o episódio como “traição política” e destacou que não falou nada que comprometesse sua conduta. Ele alegou que o teor do diálogo revela apenas uma postura conciliadora e a tentativa de evitar que a colega perdesse o mandato por infidelidade partidária.

“O conteúdo da conversa mostra o meu desejo de recompor pontes, de manter a harmonia no partido e de garantir que a vereadora pudesse seguir seu mandato. Sempre atuei para preservar o que ela conquistou nas urnas”, declarou Dalua, acrescentando que a prática não atingiu apenas a sua honra pessoal, mas também a imagem da própria Câmara Municipal.

Vereadora tem votado em desacordo com a orientação partidária

O boletim foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, sob o número 2025/0000649386-6. O presidente solicitou a perícia no áudio e a responsabilização da vereadora. A Procuradoria-Geral da Câmara deve emitir um parecer jurídico, e o Conselho de Ética pode avaliar uma possível quebra de decoro parlamentar.

O racha acontece porque Luana Serrão tem votado em desacordo com a orientação partidária ao se alinhar ao prefeito Antônio Furlan (MDB), o que já havia provocado atritos com a direção do partido.

Seles Nafes
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