Deputado explica decisão que impede cortes por débitos da época da CEA

Dorinaldo Malafaia tem debatido o tema desde 2023
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Da REDAÇÃO

A Justiça do Amapá suspendeu os cortes de energia elétrica por débitos antigos, atendendo pedido da Defensoria Pública e do deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT). A decisão, assinada pelo juiz Antonio Ernesto Amoras Collares em 3 de setembro, proíbe a Equatorial Energia de interromper o fornecimento ou condicionar a religação ao pagamento de dívidas passadas, desvinculadas do consumo atual.

O magistrado seguiu entendimento já consolidado pelo STJ e TJAP, de que não é legal suspender um serviço essencial por débitos pretéritos. A Defensoria argumentou que a prática criava um “ciclo de inadimplência artificial”, penalizando sobretudo famílias de baixa renda.

Desde 2023, o deputado federal Dorinaldo Malafaia tem promovido uma série de audiências públicas para debater a crise energética no Amapá, com a participação de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Defensoria Pública.

Principais pontos da decisão

  • Religação imediata de unidades cortadas por dívidas antigas.

  • Proibição de cortes por contas com mais de 90 dias de atraso ou por falta de pagamento de acordos de débitos passados.

  • Faturas separadas, impedindo que valores antigos sejam cobrados junto ao consumo atual.

Multas

Em caso de descumprimento, a Equatorial poderá pagar até R$ 200 mil em sanções, incluindo:

  • Multa diária por não religar consumidores.

  • Multa de R$ 1 mil por cada fatura emitida em desconformidade.

  • Multa de R$ 1 mil por dia para cada corte indevido.

Seles Nafes
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