Por SELES NAFES
O Ibama aprovou a simulação de acidentes apresentada pela Petrobras para a exploração do bloco FZA-M-59, na costa do Amapá. O parecer, comunicado ao governador Clécio Luís (SD) na noite desta quarta-feira (24), reconhece a robustez da estrutura de resposta emergencial montada pela empresa, mas exige adequações específicas no plano de proteção à fauna.
Segundo o órgão, a companhia deverá alinhar o tratamento de animais atingidos a requisitos ambientais próprios da região amazônica. A determinação é que a licença só seja concedida após a equipe técnica constatar que as mudanças solicitadas foram devidamente incorporadas.
A simulação, chamada de Avaliação Pré-Operacional, representa a última etapa do processo de licenciamento para a perfuração em águas profundas, a cerca de 175 quilômetros de Oiapoque, município a 590 km de Macapá. O bloco fica a 550 km da foz do Rio Amazonas. O Ibama considerou fatores como ineditismo, escala e detalhamento da operação na decisão de aprovar o exercício.
A Petrobras informou que irá revisar o plano de resgate e reapresentá-lo até sexta-feira (26). Caso obtenha a licença, a estatal estará autorizada a perfurar o primeiro poço exploratório na Foz do Amazonas, onde pretende avaliar a existência e o potencial de reservas de petróleo.
Mesmo diante do cenário de transição energética, a empresa sustenta que a demanda por petróleo segue em crescimento no Brasil e em países vizinhos, com previsão de atingir pico em 2030 e se manter superior até pelo menos 2050.